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Inteligência artificial identifica alterações nos ritmos cardíacos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Alexandru Acea/Unsplash
Alexandru Acea/Unsplash

Em estudo publicado na revista científica JAMA Cardiology na última quarta-feira (18), pesquisadores anunciaram uma inteligência artificial (IA) capaz de detectar um ritmo cardíaco anormal em pessoas que ainda não apresentam sintomas.

O algoritmo identificou sinais ocultos em testes, e a promessa é ajudar os médicos a prevenir o acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações cardiovasculares em pessoas com fibrilação atrial, o tipo mais comum de distúrbio do ritmo cardíaco.

Na fibrilação atrial, os sinais elétricos no coração que regulam o bombeamento do sangue das câmaras superiores para as câmaras inferiores passam por anomlias. Isso pode fazer com que o sangue nas câmaras superiores se acumule e forme coágulos que podem viajar para o cérebro e desencadear o AVC.

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O programa foi treinado para analisar leituras de eletrocardiograma, e para seu aprendizado, o grupo contou com quase um milhão de eletrocardiogramas. Na prática, a tecnologia previu com precisão que os pacientes teriam fibrilação atrial em 31 dias.

Os pesquisadores planejam continuar a estudar o algoritmo como parte de ensaios clínicos para saber se ele ajuda a identificar pessoas em risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. A ideia também é desenvolver mais algoritmos que possam fornecer ajudas semelhantes.

IA na cardiologia

A inteligência artificial pode ajudar em diversos aspectos da cardiologia. Pesquisadores da Osaka Metropolitan University, no Japão, descreveram a descoberta de uma IA que classifica funções do coração e identifica com precisão a doença cardíaca valvular, a partir de uma radiografia de tórax simples.

Já em 2022, pesquisadores desenvolveram um modelo de inteligência artificial que usa o raio-X para prever o risco de um ataque cardíaco nos próximos dez anos. As descobertas foram publicadas na edição mais recente do congresso da Radiological Society of North America.

Fonte: JAMA Cardiology