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Infecção nos vasos sanguíneos é o que causa os "dedos de COVID", segundo estudo

Por| 28 de Julho de 2020 às 18h00

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Geralt/Pixabay
Geralt/Pixabay

Há sintomas da COVID-19 e consequências dessa doença que ainda são um mistério frequentemente analisado pela medicina. Com isso em mente, pesquisadores espanhóis tentaram entender melhor sobre um dos sintomas mais estranhos relatados por pacientes: dedos dos pés avermelhados, doloridos e coçando, apelidado de "dedos de COVID" (tradução literal para "COVID toes").  Para muitos, a condição se parece com frieiras, mas, logo após o início da pandemia, relatos de pessoas com esses sintomas começaram a aparecer em todo o mundo.

O sintoma em si não é novo, na verdade. Desde abril já há relatos, então os dermatologistas estão intrigados com isso há meses, coletando mais informações e casos, e agora eles podem ter acabado de descobrir por que o SARS-CoV2 parece causar mesmo esses sintomas. O novo estudo da Espanha analisou sete crianças com os "dedos de COVID", colhendo uma pequena amostra de biópsia dos dedos para observar sob um microscópio, e descobriu partículas do vírus nas minúsculas células dos vasos sanguíneos dos pés. Apesar disso, as crianças não apresentarem sintomas respiratórios. 

“Ainda estamos tentando descobrir a relação exata entre os dedos dos pés de COVID e o vírus, se uma pessoa desenvolverá imunidade como resultado ou não. Ainda existem outras causas, por isso recomendamos que uma pessoa consulte seu médico ou dermatologista se notar esses sintomas na pele”, disse Roxana Daneshjou, dermatologista da Stanford Dermatology.

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Inicialmente, pensava-se que os "dedos de COVID" eram apenas encontrados em crianças e adultos mais jovens, mas, à medida que mais dados foram coletados, descobriram que isso não é verdade. Segundo Esther Freeman, dermatologista e professora de Harvard, cerca de três quartos das pessoas que apresentam esses sintomas têm entre 22 e 59 anos.

Freeman explica que os "dedos de COVID" costumam ser um sintoma  leve, com dados iniciais mostrando que apenas 16% das pessoas que experimentam o sintoma estão hospitalizadas. No entanto, esse sintoma ainda é um pouco misterioso. “Em muitos de nossos pacientes, não sabemos quando a infecção foi realmente. É um pouco difícil identificar", diz a especialista. Ela relembra que algumas pessoas desenvolvem o sintoma simultaneamente com outros sintomas mais comuns da doença, mas que também viu aparecer semanas ou meses após os sintomas mais tradicionais.

Um artigo recente de Freeman analisou mais de 700 pessoas (sendo 171 pacientes que haviam sido confirmados em laboratório como tendo COVID-19). de 31 países, e permitiu a descoberta de que os "dedos de COVID" não são a única condição de pele associada à infecção, mas também erupções cutâneas, que ocasionalmente correlacionavam com a gravidade da doença. Com isso, pessoas com "dedos de COVID" apresentando um estado leve.

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“A COVID-19 está causando tantas erupções cutâneas diferentes, mas existem muitas descobertas diferentes da pele. Muitas pessoas têm sintomas diferentes nos pulmões, e é o mesmo que observamos com a pele”, conta Freeman. Embora os pesquisadores ainda estejam aprendendo a relação exata entre as erupções cutâneas e o coronavírus, a especialista recomenda que os médicos e o público estejam atentos a esse sintoma.

Fonte: Forbes