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Coronavírus pode deixar marcas na pele; veja alguns sinais

Por| 04 de Maio de 2020 às 18h00

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Coronavírus pode deixar marcas na pele; veja alguns sinais
Coronavírus pode deixar marcas na pele; veja alguns sinais

Mais do que problemas respiratórios causados pela COVID-19, pesquisadores identificam cada vez mais sintomas em pacientes infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), como a perda de olfato e de paladar, riscos de derrame e até possível infecção dos neurônios. Agora, cientistas e médicos da Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas (AEDV) associam o vírus a cinco tipos de erupções na pele.

Liderada por Cristina Galván Casas, a pesquisa espanhola também encontrou uma relação entre o tipo de complicação dermatológica expressa nos pacientes com COVID-19 e a gravidade da contaminação pelo novo coronavírus, em artigo publicado no British Journal of Dermatology.

O estudo da AEDV acompanhou durante duas semanas os sintomas de 375 pessoas com alterações cutâneas sem uma causa conhecida e diagnosticadas com a COVID-19, segundo os critérios clínicos ou através de confirmação laboratorial. Além de acompanhar o estado de saúde do grupo, os quadros também foram fotografados.

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COVID-19 na pele

A seguir, confira os cinco padrões de manifestações cutâneas encontrado pelos pesquisadores em pacientes contaminados pelo coronavírus:

Erupções similares a geladuras nas áreas acrais (pés e mãos): sintomas que são frequentemente assimétricos, com duração média de 12 dias e associados a um prognóstico menos grave. Esse tipo de lesão foi detectado em 19% dos casos, em pacientes mais jovens, nos estágios finais do processo da COVID-19.

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Erupções vesiculares: foram detectadas em 9% dos casos que aparecem, principalmente, no tronco dos diagnosticados. Essas erupções consistiam em pequenas lesões muito semelhantes entre si. Às vezes, elas se acentuavam nas extremidades e podiam aumentar ou se espalhar. Na pesquisa, esse tipo de manifestação está associado à gravidade intermediária e é mais frequente em pacientes de meia-idade. Normalmente, duram cerca de dez dias e aparecem com os sintomas gerais da COVID-19 e, às vezes, até antes deles.

Lesões urticariformes: foram registrados em 19% dos casos, principalmente no tronco ou dispersos pelo corpo, como nas palmas das mãos. Sua duração é em média de 6 a 8 dias e, geralmente, estão associados a uma coceira intensa. Essa manifestação foi observada em pacientes mais graves e apareceu, com mais frequência, junto aos outros sintomas relacionados à COVID-19.

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Erupções máculo-papulares: foram as manifestações mais frequentes, detectadas em 47% dos casos e são encontradas no peito. Essas marcas duram de 8 a 9 dias em média e também estavam presentes em pacientes mais graves.

Livedo-reticularis ou necrose por obstrução vascular: foi encontrado em 6% dos casos e está associada aos pacientes mais velhos e mais graves (nesse grupo, foi registrado 10% de mortalidade). Os pacientes apresentaram diferentes graus de envolvimento, como no tronco.

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Análise dos sintomas

“Observamos um gradiente de doença, de menos grave nos casos em que havia pseudo-geladuras, a mais grave em pacientes com lesões livedo-reticularis, que apresentavam mais casos de pneumonia, internações hospitalares e necessidade de atendimento em UTI”, explica Ignacio García Doval, que é diretor da Unidade de Pesquisa da AEDV, para o El País.

O trabalho espanhol vai de encontro com outras pesquisas que apontam a existência de uma série de manifestações da infecção do coronavírus, além da tosse, febre e falta de ar. Por isso, é importante continuar o monitoramento dos diferentes sintomas em infectados para se descobrir cada vez mais sobre a COVID-19.

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Fonte: AEDVEl País