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Imunidade à COVID-19 dura pelo menos cinco meses, segundo estudo

Por| 29 de Outubro de 2020 às 16h40

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fernando zhiminaicela/Pixabay
fernando zhiminaicela/Pixabay

A COVID-19 ainda é repleta de mistérios a serem desvendados pela medicina. Na última quarta-feira (28), um estudo publicado na revista Science se concentrou em entender sobre a imunidade à doença em questão, e chegou à conclusão de que a imunidade à infecção por COVID-19 dura pelo menos cinco meses.

Segundo o relatório, 90% das pessoas que se recuperam de infecções por COVID-19 mantêm uma resposta geral estável de anticorpos. Florian Krammer, professor de vacinologia da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, que liderou a equipe do estudo, alegou durante um comunicado: "Embora alguns relatórios tenham saído dizendo que os anticorpos para este vírus desaparecem rapidamente, descobrimos exatamente o oposto — que mais de 90% das pessoas que estavam leve ou moderadamente doentes produzem uma resposta de anticorpos forte o suficiente para neutralizar o vírus, e a resposta é mantida por muitos meses. Isso é essencial para o desenvolvimento de uma vacina eficaz."

A equipe analisou as respostas de anticorpos de mais de 30 mil pessoas com teste positivo para COVID-19 entre março e outubro e caracterizou suas respostas de anticorpos como baixas, moderadas ou altas. Mais de 90% tinham níveis moderados a altos. Com isso em mente, a equipe estudou de perto 121 pacientes que se recuperaram e doaram seu plasma três meses após desenvolverem os primeiros sintomas, e novamente cinco meses depois. Eles viram uma queda em alguns anticorpos, mas relataram que outros persistiram.

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"Os níveis sustentados de anticorpos que observamos subsequentemente são provavelmente produzidos por células plasmáticas de longa vida na medula óssea. Isso é semelhante ao que vemos em outros vírus e provavelmente significa que eles vieram para ficar. Continuaremos acompanhando este grupo para ver se esses níveis permanecem estáveis, como suspeitamos e esperamos que permaneçam", diz a Dra. Ania Wajnberg, diretora da Clínica Teste de anticorpos no Hospital Mount Sinai.

A COVID-19 existe há pouco menos de um ano, então os cientistas ainda estão aprendendo sobre a doença. As histórias de pessoas que foram infectadas mais de uma vez são raras, mas já existem. O próximo passo importante, segundo os autores do estudo, será estabelecer o que é conhecido como correlatos de proteção. Estes são compostos que podem ser medidos no sangue que dirão aos médicos se alguém está imune - de modo que não será necessário esperar para ver se eles ficam infectados novamente após uma sessão ou após tomar a vacina. "Embora isso não possa fornecer evidências conclusivas de que essas respostas de anticorpos protegem contra reinfecção, acreditamos que é muito provável que diminuam a razão de chances de reinfecção", conclui a equipe.

Fonte: Science via CNN