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Implantes cerebrais vão restaurar movimentos e funções perdidas, mas quando?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Dezembro de 2022 às 18h30

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microgen/envato
microgen/envato

A ciência tem se concentrado no desenvolvimento de implantes cerebrais com a intenção de restaurar movimentos e funções perdidas. O projeto mais famoso é o da empresa de neurotecnologia Neuralink, do Elon Musk, mas várias outras também apostam em dispositivos totalmente implantáveis.

A Paradromics, uma startup do Texas, está desenvolvendo um dispositivo que fica dentro do crânio. Enquanto isso, outra empresa, a Synchron, com sede na cidade de Nova York, investe em uma abordagem diferente ao fazer uma incisão no peito e inserir um dispositivo em forma de tubo em uma artéria, que como em um cateterismo, chega perto do cérebro, para evitar os perigos de uma cirurgia cerebral.

Apesar de todas as promessas no campo, os cientistas alegam que a tecnologia tem pouco a oferecer ao consumidor médio por enquanto, já que está apenas se aproximando da velocidade e precisão do controle físico. No entanto, os especialistas acreditam que existam avanços a caminho, em termos de compreensão dos mecanismos cerebrais.

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Na Neuralink, o objetivo é conectar o cérebro e a máquina através de chips, mas na Science Corp, startup do ex-presidente da Neuralink, Max Hodak, a interface cérebro-máquina deve ser construída a partir dos princípios da fotônica — a ciência que estuda a geração, transmissão e detecção da luz. A ideia é usar a luz e o nervo óptico do olho do próprio paciente como um caminho para o cérebro, mecanismo ainda inédito para a ciência. Mas os planos da Science Corp ainda estão longe de ser concretizados e apenas um equipamento foi lançado.

Ainda há muito trabalho a ser feito, e com uma situação tão delicada quanto a cirurgia cerebral, alguns pesquisadores da área temem que um passo em falso de alto nível possa apagar anos de progresso. Na última coletiva de imprensa promovida pela Neuralink, Elon Musk comentou sobre a possibilidade de promover a funcionalidade de corpo inteiro para pessoas que sofrem de paralisia.

No entanto, os cientistas que trabalham nas interfaces cérebro-computador dizem que moderar as expectativas dos pacientes é importante em um campo que tem visto um progresso impressionante, mas enfrenta desafios preocupantes.

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Por enquanto, a comunidade científica trabalha para mapear o centro visual do cérebro para que pontos de luz possam ser projetados e assim ajudar pessoas com deficiência visual a ver formas e letras. Em paralelo, equipes se concentram na tradução da eletricidade neural em aplicativos de fala, controle de cursor, caligrafia e digitação. Ainda não se sabe quando essa restauração de funções passará a ser uma realidade, mas vemos avanços diários nesse campo. Vale ficar de olho.

Fonte: The New York Times