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Implante criado por cientistas suecos libera medicamentos por comando eletrônico

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2022 às 19h40

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Divulgação/Wyss Center
Divulgação/Wyss Center

Cientistas da Chalmers University of Technology, de Gotemburgo, na Suécia, desenvolveram implantes de medicamento que poderão ser usados para administrar doses por ativação eletrônica, como por um aplicativo, por exemplo. A novidade consiste em um tipo de polímero que consegue reter moléculas de remédios biológicos, soltando-as no organismo pela ativação de um pulso elétrico.

Os estudos sobre a nova tecnologia foram publicados na revista científica Angewandte Chemie.

Remédios implantados e o futuro

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Segundo os médicos, usos futuros poderão beneficiar principalmente pessoas idosas, já que isso elimina a necessidade de tomar cápsulas de medicamento diariamente — o que pode ser difícil de lembrar com a idade e problemas de memória relacionados a doenças, por exemplo. Pílulas "eletrônicas" em órgãos ou tecidos poderão liberar as doses em intervalos regulares, ou quando há necessidade.

Outra vantagem, ainda, é a possibilidade de administrar remédios diretamente no tecido necessitado. Uma das desvantagens dos medicamentos em cápsula é que, após liberados, eles percorrem todo o corpo, o que pode causar efeitos colaterais indesejados. Liberar as substâncias diretamente na parte doente, então, torna possível utilizar doses maiores sem correr o risco de danificar outros tecidos.

Os pesquisadores preveem a possibilidade dos médicos ou de seus equipamentos notarem a necessidade de uma nova dose, ou uma dose maior de um remédio o paciente, e ativarem a aplicação remotamente. E essa é apenas uma das várias possibilidades levantadas pelo desenvolvimento de implantes eletrônicos, segundo eles: ligar eletrônica à biologia é uma peça importante em direção a essas novas terapêuticas.

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Outra vantagem é a necessidade energética dos implantes, que é pequena. Podendo sobreviver em ambientes alcalinos e acídicos do corpo, eles são finos e podem ser alimentados por um eletrodo de escala nanométrica: eletrônicos em ambientes biológicos geralmente são limitados pelo tamanho da bateria e de partes móveis mecânicas, segundo os cientistas. A escala molecular ajuda a manter as necessidades energéticas e estruturais baixas.

Fonte: Angewandte Chemie