Homem fica com pele e unhas acinzentadas por ter excesso de metal no sangue
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela | •

O que você faria se a sua pele simplesmente ficasse cinza? Foi o que aconteceu com um idoso de 84 anos em Hong Kong. O organismo dele estava cheio de prata, de modo que o metal se formasse em pequenos grãos oxidados logo abaixo da pele.
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O estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine diz que os exames de sangue revelaram concentrações de prata mais de 40 vezes maiores que as encontradas na maioria dos indivíduos.
Esses pequenos grãos oxidados também estavam presentes nas membranas das glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos e fibras dérmicas.
Esse acúmulo sistêmico de prata nos tecidos do corpo é raro, mas não inédito. E tem nome: argiria. Em casos extremos, os indivíduos podem ficar com grandes áreas de pele tomadas pela coloração acinzentada.
De onde vem tanta prata?
Esse é o grande mistério do estudo. O idoso trabalhava como garçom e estava sendo tratado para um tumor benigno na próstata, então sua única medicação era um antiandrogênio comum chamado finasterida, que não tem nada parecido com prata.
E como nenhuma pessoa do local onde o idoso mora ficou com a pele dessa cor acinzentada, ninguém sabe de onde veio tanta prata e por que o paciente (cuja identidade foi preservada) está com o organismo dessa forma.
Prata é prejudicial?
Ao contrário de outros metais, como chumbo e mercúrio, a prata não é tóxica para humanos e não é conhecida por causar câncer, danos reprodutivos ou neurológicos, ou outros efeitos adversos crônicos. Na verdade, a prata já foi usada para matar vírus, fungos e bactérias.
No entanto, em doses muito altas (como aquelas que um trabalhador de fábrica pode encontrar em um acidente) ou por exposição prolongada ao pó ou vapores de prata, o metal pode ter alguns efeitos, em sua maioria leves, na saúde. Por exemplo, inalar vapores ou pó de prata pode irritar mucosas ou o trato respiratório superior.
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VÍDEO | IMPRESSORA DE PELE HUMANA