Hidrogel injetável age como imunoterapia contra câncer
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela | •

A cada estudo, a ciência mostra avanços no combate contra o câncer. No último dia 14, essa jornada ganhou mais um capítulo, através de um estudo publicado na revista Science Advances que revelou o potencial de um hidrogel injetável de dose única como imunoterapia. Conforme apontam os autores, essas nanovacinas podem ajudar em estratégias combinadas para atingir uma variedade de tipos de tumor.
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Os pesquisadores desenvolveram o tratamento como um hidrogel com anticorpos bloqueadores do ponto de controle imunológico — originalmente chamado de "immune checkpoint”, proteínas presentes em nossas células e elas são chaves no processo de ativação e desativação do sistema imunológico —e nanopartículas carregadas com imunoestimulantes.
Para o estudo, os cientistas administraram o composto como uma dose única para provocar uma memória de imunidade potente na região com um impacto simultâneo em tumores locais e distantes no sistema imunológico.
Segundo os autores, o hidrogel injetável por seringa permitiu a injeção minimamente invasiva sem cirurgia. Eles primeiro monitoraram a eficiência de entrega do imunoestimulante e estudou a capacidade da vacina à base de hidrogel de ativar as células apresentadoras de antígenos.
Como é a segurança do hidrogel injetável
Os resultados mostraram grande potencial de segurança da nanovacina. Segundo o grupo, a nanovacina de dose única apresentou imunoterapia para tumores primários e para simulações de metástases cerebrais humanas, para induzir a memória imunológica.
Os resultados mostraram respostas pró-inflamatórias aprimoradas e a capacidade das nanovacinas de capturar antígenos e produzir respostas robustas de células T antitumorais.
O que é imunoterapia contra câncer
Segundo o Ministério da Saúde, a imunoterapia é um tipo de tratamento que visa combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente. A ideia é que, com o uso de medicamentos, o organismo do paciente elimine a doença de forma mais eficiente e com menos toxicidade.
Por enquanto, os anticorpos monoclonais, vacinas contra o câncer e células produzidas em laboratório derivadas das mais importantes células de defesa do nosso organismo são os principais tipos de imunoterapia usados hoje para o combate às células tumorais.
"É importante revelar que, mesmo com o crescimento do método, o tratamento não consegue ter eficácia para todos os pacientes. Mas quando o sistema imunológico responde, o efeito pode ser significativo e duradouro, em função da memória imunológica que o sistema passa a ter contra o tumor", diz a Pasta.
Há alguns anos, cientistas trazem avanço no tratamento de imunoterapia contra o câncer, o que pode causar mudanças positivas no cenário e ajudar os pacientes.
Fonte: Science Advances, Medical Xpress