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Genética pode explicar casos graves da covid, aponta pequeno estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Fevereiro de 2022 às 11h30

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iLexx/Envato
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Uma equipe internacional de pesquisadores identificou que a presença de determinadas variantes genéticas pode explicar o porquê de algumas pessoas apresentaram quadros graves de covid-19, enquanto outras passam de forma assintomática pela infecção. Esta é mais uma peça no quebra-cabeça da gravidade do coronavírus SARS-CoV-2, além de outros fatores, como as comorbidades e a carga viral.

Publicado na revista científica iScience, o pequeno estudo sobre as questões genéticas que afetam a gravidade da covid-19 contou com a participação de pesquisadores da Hannover Medical School, na Alemanha, e da Augusta University, nos Estados Unidos.

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“Milhões de pessoas são infectadas e, felizmente, apenas uma porcentagem muito pequena se torna sintomática, e uma porcentagem muito pequena de indivíduos sintomáticos precisa de oxigênio e uma pequena porcentagem desses indivíduos é hospitalizada e morre”, explica Ravindra Kolhe, um dos autores do estudo e pesquisador da Augusta University. A resposta pode estar na genética, segundo o pesquisador.

Entenda o estudo

Durante o estudo, os cientistas realizaram o mapeamento óptico do genoma de 52 pacientes que tiveram a forma grave da covid-19. Em nove dos pacientes mais doentes, a equipe identificou sete variantes genéticas raras. Estas afetam 31 genes envolvidos em vias-chave que mediam a resposta entre uma pessoa e um vírus.

Para entender, essas alterações afetam diversos fatores, como a imunidade inata — a defesa imunológica de linha de frente contra invasores — e a resposta inflamatória — o que pode desencadear danos sérios aos pulmões, quando a atividade é descontrolada —, por exemplo.

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“Nossos dados mostram que variantes estruturais, identificadas a partir do mapeamento óptico do genoma, podem explicar ainda mais a variabilidade clínica interindividual em resposta à covid-19”, afirmam os pesquisadores, no estudo.

A ideia da equipe é que, com novos estudos, seja possível identificar, através de exames, pacientes com essas variantes genéticas. Após a análise, os médicos poderão saber quais pacientes apresentam maior risco para a infecção e, dessa forma, centrar os cuidados em quem tem maior propensão para as complicações da covid-19, como no uso de anticorpos monoclonais ou de antivirais.

Fonte: iScience