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Gatos têm boa resposta imune ao coronavírus e podem ajudar na vacina, diz estudo

Por| 30 de Setembro de 2020 às 18h40

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Luis Wilker Perelo WilkerNet/Pixabay
Luis Wilker Perelo WilkerNet/Pixabay

O debate em relação à contaminação de animais pelo coronavírus continua. Agora, em um estudo científico recente, pesquisadores confirmaram que cachorros e gatos podem ser contaminados pelo SARS-CoV-2, mas que nenhum deles conta com a probabilidade de ficar doente.

No entanto, os felinos são capazes de desenvolver uma resposta imune mais protetiva e forte, que pode ajudar nos estudos de desenvolvimento de uma vacina para humanos. Até então, ainda não há alguma evidência de que algum tipo de animal doméstico tenha passado o vírus para as pessoas, mesmo que gatos já tenham o transmitido para outros gatos.

O estudo foi publicado na última terça-feira (29) na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, e de acordo com o seu conteúdo cães infectados não chegaram a produzir o vírus em suas vias respiratórias superiores, mas também não o eliminaram, ao contrário de pesquisas similares que apontaram para o oposto. Na pesquisa recente, nem gatos e nem cachorros apresentaram sinais da COVID-19, sendo um sinal que evita a preocupação dos humanos.

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Os autores do estudo notam ainda que, enquanto quase um milhão de pessoas já morreram com a COVID-19 em todo o mundo, existem apenas poucos relatos de animais que contraíram o vírus. Então, os pesquisadores tentaram entender o motivo de eles não transmitirem o vírus aos humanos.

Uma das conclusões seria que a quantidade de pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 é tão grande que possivelmente são as pessoas que estão passando o vírus para os gatos. Também há a possibilidade de que a infecção que acontece no dia a dia é bastante diferente da que ocorre em laboratório. 

Na pesquisa, os cientistas inseriram pipetas nas cavidades nasais de cães e gatos anestesiados para inserir o vírus.  É claro que, na vida real, a infecção não acontece dessa forma, então, depois disso, outros gatos foram colocados em contato com gatos infectados que estavam espalhando o vírus. Isso porque em alguns países, como no Brasil, gatos costumam a viver mais em um ambiente doméstico do que em Wuhan, por exemplo, que existem vários gatos de rua.

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O resultado do experimento, após monitoramentos de sintomas, foi concluído que nenhum dos animais apresentavam sinais de terem desenvolvido a doença. Isso não significa, no entanto, que essa possibilidade está descartada.

 

Fonte: The New York Times