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Piercing na orelha pode mudar os micróbios da pele

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Novembro de 2023 às 17h04

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Kilian Seiler/Unsplash
Kilian Seiler/Unsplash

Furar a orelha pode mudar os micróbios que crescem na pele. Essa é a afirmação de um estudo conduzido por uma equipe da McGill University e publicado na revista Proceedings of the Royal Society B. Os pesquisadores afirmam que ao esterilizar a área para fazer o procedimento, a pele fica como uma “tela em branco” em termos de microflora.

Semelhantes aos microrganismos do intestino, aqueles presentes na pele têm papéis essenciais na proteção contra patógenos invasores. Os pesquisadores explicam que, em circunstâncias em que a barreira é quebrada ou quando o equilíbrio entre comensais e patógenos é perturbado, podem ocorrer doenças de pele ou mesmo doenças sistêmicas.

Efeito piercing

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Ao fazer um piercing na orelha, esses microrganismos são neutralizados, pelo menos localmente. Os pesquisadores reconhecem que "os novos habitats e comunidades que os piercings na pele produzem podem fornecer informações gerais sobre as respostas biológicas às perturbações ambientais com implicações tanto para o ecossistema como para a saúde humana".

Para entender melhor esses impactos, os pesquisadores equipe coletaram amostras da pele de 28 voluntários, antes e depois (12 horas, um dia depois, três dias, uma semana e 15 dias) do piercing.

A equipe aponta que, apesar da esterilização servir como uma grande perturbação ambiental que mata muitas espécies residentes, o microbioma que se desenvolveu em torno de um novo piercing na orelha seria semelhante aos encontrados em áreas como o nariz, axilas ou virilha, e não na parte externa da orelha.

A teoria dos pesquisadores é que é mais difícil que a umidade evapore ao redor de um piercing, então os tipos de microorganismos que prosperam em ambientes mais úmidos podem florescer ali.

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Micróbios na orelha

Dentre os micróbios que surgem após o piercing, os pesquisadores notaram dois em especial: o Staphylococcus epidermidis e o Cutibacterium acnes, que apesar do nome atrelado às famosas infecções, são membros comuns que ajudam a manter o equilíbrio da pele.

De qualquer forma, a conclusão do estudo é que "o processo de esterilização, perfuração da orelha e inserção de um material de metal tem um impacto na ecologia do microbioma local da pele”. Mais estudos são necessários para que se entenda a fundo tal relação.

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Fonte: Proceedings of the Royal Society B