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Fotos de celular são usadas para identificar bactérias bucais e acne; veja como

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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asierromero/Freepik
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Com o uso de um celular, cientistas conseguiram identificar visualmente a presença de micróbios na pele, responsáveis pelo surgimento de acnes, e de bactérias na cavidade oral, que provocam o aparecimento de placas bacterianas e gengivite.

Para chegar nessas visualizações, os pesquisadores fizeram uma modificação de baixo custo no case de um smartphone, acrescentando métodos de processamento de imagem para iluminar as bactérias em fotos tiradas com uma câmera comum de celular. 

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Ruikang Wang, professor de bioengenharia e oftalmologia da Universidade de Washington e um dos responsáveis pelo estudo, conta que a presença de bactérias na pele e na boca pode impactar a saúde humana significativamente, seja na demora da cura de uma ferida ou na resistência dos dentes. 

O cientista explica ainda que as imagens tiradas de câmeras tradicionais de smartphones dificultam a visualização dessas bactérias, uma vez que as câmeras RGB canalizam os comprimentos de ondas de luz apenas nas cores vermelha, azul e verde. Porém, como as bactérias emitem colorações que vão além do trio, a equipe de pesquisadores aprimorou a capacidade da câmera usando um anel impresso em 3D com 10 luzes negras de LED, que ficaram em volta da abertura do case do smartphone.

A partir da gambiarra, foi possível visualizar em fotos da pele e da boca uma classe de bactérias derivadas de moléculas chamadas porfirinas, que emitem sinais em vermelho fluorescente, permitindo então que a câmera do celular consiga capta-los. A imagem também mostrou outras moléculas oleosas produzidas pelo corpo que são fluorescidas em cores diferentes.

Yuandong Li, uma das autoras do estudo e pós-doutoranda em bioengenharia, conta que a porfirina pode se acumular na pele e na boca, onde existem grandes quantidades de bactérias. "Geralmente, quanto mais porfirina você vê na superfície da pele, por exemplo, mais difícil fica visualizar a acne e a cicatrização de feridas", explica.

O estudo completo está disponível para consulta na plataforma científica ScienceDirect

 

Fonte: Futurity