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Fiocruz investiga dois casos suspeitos de "mal da vaca louca" em humanos no RJ

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Novembro de 2021 às 09h40

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Photocreo/Envato Elements
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Nesta quinta-feira (11), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que acompanha dois casos de pacientes com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina (EBB) — a doença é popularmente conhecida como "mal da vaca louca", em bovinos.

Os pacientes com casos suspeitos da "doença da vaca louca" foram internados, em isolamento, no em um centro hospitalar criado para a atender pacientes da covid-19, no Rio de Janeiro. Até o momento, não foram detalhados os perfis das pessoas, nem dados como sexo e idade.

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Em nota, a Fiocruz confirmou que "o INI [Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas]/Fiocruz recebeu dois pacientes com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como 'Doença da Vaca Louca'. Ambos estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia da covid-19 do INI".

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, os casos suspeitos da "doença da vaca louca" são de pessoas que moram em Belford Roxo e Duque de Caxias.

Entenda o que é o "mal da vaca louca"

Vale explicar que a "doença da vaca louca" é conhecida como Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB). A enfermidade é considerada uma doença crônica degenerativa que afeta os bovinos. Em humanos, ela causa uma doença semelhante e recebe o nome de Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou de Variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ).

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De acordo com o Ministério da Saúde, nenhum caso de Creutzfeldt-Jakob foi confirmado em brasileiros. Por outro lado, o quadro já foi registrado em alguns países, como Reino Unido, França, Itália, Canadá e Estados Unidos.

Nos animais, é causada pela presença de partículas proteicas infecciosas, os príons. Essas partículas anormais podem se manifestar através da genética, do consumo de carne contaminada (de outro animal já doente e com príons) ou de forma espontânea (ainda desconhecida). As situações também podem causar a doença em humanos.

Até o momento, a doença não tem cura e nem tratamento. O ser infectado sofre alterações comportamentais e o quadro pode ser confundido com outras doenças que afetam o Sistema Nervoso Central (SNC) dos animais, como raiva, intoxicações, Babesiose, entre outras.

Relato de dois casos atípicos da doença da vaca louca em animais

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Em setembro deste ano, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou dois casos da doença em frigoríficos de Nova Canaã do Norte, no Mato Grosso, e em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Segundo as autoridades brasileiras, os dois casos foram atípicos e detectados antes do abate dos animais. “Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito [deitadas] nos currais”, explicou o ministério, na época, sobre as condições dos animais.

Desde então, as exportações de carne bovina para a China foram paralisadas temporariamente até que as autoridades chinesas concluam a avaliação do caso com as informações já enviadas.

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Fonte: CNN