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Fiocruz começa a estudar progressão da COVID-19 em seres humanos

Por| 04 de Novembro de 2020 às 14h45

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Viktor Forgacs/Unsplash
Viktor Forgacs/Unsplash

Desde que passou a preocupar de maneira tão intensa a população mundial, a COVID-19 se tornou alvo de muitos estudos. No caso mais recente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou, juntamente com outras 13 instituições, uma análise chamada Rebracovid, voltada a entender melhor a progressão da COVID-19 em seres humanos, desde o começo da infecção até o desfecho. Esse estudo vai acontecer em oito municípios, com direito a 5 mil voluntários. O anúncio foi feito na última terça (3).

Os integrantes do estudo em questão vão precisar passar por avaliação clínica e laboratorial, incluindo a testagem para infecções por vírus respiratórios e outras condições consideradas relevantes à pesquisa. Aqueles que tiverem diagnóstico confirmado da COVID-19 serão acompanhados ao longo de um ano. A equipe vai fazer análises laboratoriais para compreender a resposta imune e inflamatória do corpo humano à COVID-19, bem como buscar testes que possam predizer o risco de um indivíduo evoluir para a forma grave ou não.

Acontece que o Rebracovid tem como objetivo caracterizar clinicamente a infecção por Sars-CoV-2 e descrever a história natural desse agravo, e visa acompanhar o período de pós-infecção para avaliar possíveis sequelas da doença. Basicamente, a intenção é que, conhecendo os diferentes cenários nos quais a infecção ocorre e as características que podem impactar o desenvolvimento da doença, seja possível reduzir o impacto da COVID-19 na saúde pública e na economia.

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Além disso, a instituição afirma que os materiais biológicos coletados dos voluntários e das pessoas com as quais tiverem contato, por meio dos exames e testes, serão guardados para que possam ser usados em pesquisas. Todas as informações clínicas estarão associadas às amostras, auxiliando na interpretação dos dados. As amostras serão armazenadas no biorrepositório central do estudo, na Plataforma de Medicina Translacional da Fiocruz, em Ribeirão Preto (SP).

Vale ressaltar que essa coleta também vai servir para avaliar o desempenho do teste rápido TR DPP Covid-19 IGM/IGG, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). Os resultados serão comparados a testes de resultados moleculares (RT-PCR), bem como a outros testes sorológicos não rápidos. Assim, será possível constituir um biorrepositório de amostras, caracterizadas clinicamente, que possam ser compartilhadas para a avaliação de testes diagnósticos, segundo informações da própria Fiocruz.

Trata-se então do primeiro estudo complementar da Rede de Pesquisa Clínica e Aplicada em Chikungunya (Replick), coordenada pela Fiocruz. Participam também a Bio-Manguinhos/Fiocruz, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Plataforma de Medicina Translacional da Fiocruz (Ribeirão Preto/SP), o Instituto Gonçalo Moniz (Bahia), a Fiocruz Rondônia e a Fiocruz Mato Grosso do Sul.

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Fonte: Agência Brasil