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Fiocruz e Anvisa se reúnem para definir produção da vacina de Oxford

Por| 27 de Agosto de 2020 às 17h00

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Dimitri Houtteman/Unsplash
Dimitri Houtteman/Unsplash

No último dia 19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram para tratar sobre o registro da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca, mas as informações só vieram a público nesta quarta-feira (26). Durante a reunião, foram apresentadas informações sobre as instalações do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), o processamento final da vacina em Bio-Manguinhos e a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) que compõe o imunobiológico.

A reunião trouxe a novidade de que Bio-Manguinhos realizará as etapas de formulação, envase e rotulagem da vacina utilizando as instalações do Centro de Processamento Final (CPFI) e do Pavilhão Rockfeller, destinado à fabricação de vacinas virais e que tem certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) será realizada no Centro Henrique Pena.

De acordo com a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, o momento requer a união de esforços. Ela afirma que a vacina só será possível com intensa articulação e colaboração de todos os envolvidos e que para isso, os especialistas das duas instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para que possam avaliar cada etapa, e realizar todas as análises necessárias. 

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Enquanto isso, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, destaca que o encontro revelou o empenho e a aproximação entre as duas instituições para o desenvolvimento da vacina. Torres menciona que a Anvisa e a Fiocruz vêm trabalhando juntas para melhorar o combate à COVID-19, com foco na discussão sobre o registro de uma vacina, e que a reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais do desenvolvimento vacinal.

Por sua vez, o diretor da Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, alerta que esse alinhamento é fundamental para que o registro possa acontecer o mais rapidamente possível, a partir da obtenção de resultados satisfatórios nos estudos clínicos, que no Brasil estão sendo conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de Oxford.

“Essa análise prévia é uma prática de longa data que adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e o apoio necessário para a importação dos insumos – no caso da vacina da COVID-19 em caráter emergencial, possibilitando a disponibilização mais rápida de vacinas e outros imunobiológicos para o Sistema Único de Saúde”, aponta o diretor.

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Vale lembrar que a vacina é a ChAdOx1 nCoV-19, também conhecida como AZD1222, que obteve, em junho, a aprovação da Agência para a realização de estudos clínicos de fase III no país.

Fonte: Agência Fiocruz via Agência Brasil