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Febre de Lassa: entenda a situação dos novos casos do Reino Unido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Fevereiro de 2022 às 14h30

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CreativeNature_nl/Envato Elements
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Na última semana, as autoridades de saúde do Reino Unido confirmaram três casos da febre de Lassa. Esta é uma febre de hemorrágica viral aguda, causada pelo vírus de Lassa — um membro da família Arenaviridae (arenavírus) e que tem semelhanças com o Ebola, sendo menos grave.

Na sexta-feira (11), a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) confirmou o óbito de um dos pacientes que foram diagnosticados com a febre de Lassa. Enquanto isso, outro infectado está internado em um hospital local e o terceiro já obteve alta.

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Segundo a UKHSA, há mais de 10 anos que o país não registrava casos dessa infecção, potencialmente, mortal. "O diagnóstico e o tratamento imediato são essenciais. A taxa geral de letalidade é de 1%. Entre os pacientes internados com quadro clínico grave de febre de Lassa, a letalidade é estimada em cerca de 15%", explica a Organização Mundial da Saúde.

Para as autoridades britânicas, os três casos da febre de Lassa são pontuais e "o risco para o público em geral permanece muito baixo". Além disso, "estamos entrando em contato com os indivíduos que tiveram contato próximo com os casos antes da confirmação de sua infecção, para fornecer avaliação, suporte e aconselhamento adequados", explica a agência de saúde, em nota

Origem dos casos da febre de Lassa

Após investigações, as autoridades de saúde explicam que "os casos [da febre de Lassa] estão dentro de uma mesma família do leste da Inglaterra e estão ligados a viagens recentes para a África Ocidental". No mundo, a doença "é endêmica em Benin, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Serra Leoa, Togo e Nigéria, mas provavelmente também existe em outros países da África Ocidental", segundo a OMS.

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No atual contexto, a médica Susan Hopkins, da UKHSA, reforça que "casos de febre de Lassa são raros no Reino Unido e não se espalham facilmente entre as pessoas". Dessa forma, esses casos isolados não representam um perigo para a saúde pública.

Desde o ano 1980, o país registrou apenas oito casos da infecção, sendo que todos foram importados — a infecção ocorreu apenas em pessoas que viajaram para o exterior. Os últimos 2 casos ocorreram em 2009 e não existem registros de transmissão comunitária do agente infeccioso na região.

Riscos da febre de Lassa

A febre de Lassa é transmitida através da exposição a alimentos ou utensílios domésticos contaminados com urina ou fezes de ratos infectados pelo vírus. Além disso, o agente infeccioso pode ser transmitido pela troca de fluidos corporais entre pessoas infectadas.

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"Infecções de pessoa para pessoa e transmissão laboratorial também podem ocorrer, particularmente em ambientes de assistência à saúde na ausência de medidas adequadas de prevenção e controle de infecções", explica a OMS.

Quanto aos riscos de contrair a doença, a UKHSA reforça que a possibilidade de infecção é maior para pessoas que vivem em áreas endêmicas da África Ocidental com altas populações de roedores correm maior risco de febre de Lassa.

"Casos importados raramente ocorrem em outras partes do mundo. Tais casos são quase exclusivamente em pessoas que trabalham em áreas endêmicas em ocupações de alto risco, como médicos ou outros trabalhadores humanitários", detalha a agência britânica.

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Sintomas da doença

Para 80% das pessoas infectadas, a doença deve ser assintomáticas. Quando apresenta sintomas, eles costumam surgir de forma gradual, iniciando com febre, fraqueza geral e mal-estar. Passados alguns dias, a pessoa pode relatar dores de cabeça, dor de garganta, dores musculares, dores no peito, náuseas, vómitos, diarreia, tosse e dores abdominais.

Em casos graves, os pacientes da febre de Lassa relatam "inchaço facial, fluido na cavidade pulmonar, sangramento da boca, nariz, vagina ou trato gastrointestinal e pressão arterial baixa", explica a OMS. Após a recuperação, 25% dos pacientes perdem a capacidade auditiva. "Em metade desses casos, a audição retorna parcialmente após 1 a 3 meses", detalha a OMS.

Por conta dos sintomas iniciais serem comuns, é difícil de distinguir a doença de outras febres hemorrágicas virais, como a doença do Ebola, malária, febre tifoide e febre amarela.

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Fonte: UKHSA e OMS