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Fabricante do Ozempic investe R$ 3 bi e aposta em IA para criar novo produto

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Maio de 2024 às 14h33

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HualinXMN/Wikimedia Commons
HualinXMN/Wikimedia Commons

Depois do sucesso do Ozempic, a Novo Nordisk, fabricante do medicamento, quer um novo produto milagroso contra a obesidade ao estilo da sua “caneta do emagrecimento”. Para isso, desembolsou uma quantia milionária e está apostando até mesmo em inteligência artificial.

De acordo com o que foi revelado pela companhia, ela ampliou o contrato com a Flagship Pioneering em um contrato de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,1 bi na cotação atual) para encontrar uma nova fórmula mágica. A ideia é justamente acelerar as pesquisas e usar o case do seu remédio para emagrecimento como ponto de partida.

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É aí que entra a inteligência artificial. A Flagship é dona da Metaphore Biotechnologies, uma startup voltada a pesquisas de biotecnologia focada na produção de novas fórmulas farmacológicas. E, para isso, ela utiliza uma tecnologia própria para replicar interações moleculares chamada MIMIC.

A técnica consiste em usar algoritmos de machine learning para replicar estruturas biomoleculares — um processo chamado de mimetismo molecular. Com isso, a Metaphore isola o ponto em que um remédio atua e consegue otimizar as suas propriedades. 

É a partir dessa lógica quase de engenharia reversa e muita ficção científica que a empresa dinamarquesa espera encontrar um novo Ozempic para chamar de seu. De acordo com a agência de notícias Reuters, com a parceria, a Novo tenta desenvolver pelo menos duas novas terapias contra a obesidade.

Negócio bilionário

A corrida da Novo Nordisk para encontrar novos produtos de emagrecimento rápido é mais do que óbvio. Graças ao Ozempic, desenvolvido inicialmente como um remédio para controle da diabetes, a fabricante dinamarquesa se tornou a empresa europeia mais valiosa do mundo. Atualmente, seu valor de mercado é de US$ 580,6 bilhões.

Além do Ozempic, a empresa também é dona do Wegovy, que também apresenta efeito semelhante. E, por isso, os dois medicamentos se tornaram sucesso de vendas em todo o mundo, chegando a sumir das prateleiras em muitos países — o que ajudou a Novo a registrar um lucro de US$ 3,6 bilhões no primeiro trimestre de 2024.