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Extrato de samambaia pode combater a covid-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Fevereiro de 2023 às 11h27

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ErMarca/Envato
ErMarca/Envato

Em busca de novos tratamentos contra o coronavírus SARS-CoV-2, botânicos norte-americanos investigam os efeitos potenciais de um banco de dados com mais de 1,8 mil extratos de plantas. Nos testes in vitro (em laboratório), a equipe descobriu que os rizomas da samambaia (Pteridium aquilinum) conseguem inibir a infecção pelo vírus da covid-19.

Publicado na revista Scientific Reports, o estudo que identificou as propriedades antivirais do extrato de samambaia está em fase inicial, mas os cientistas da Universidade Emory, nos Estados Unidos, já destacam o potencial uso do composto de origem 100% natural. As flores de um tipo de erva-daninha, a Solidago altissima, também foram promissoras nos testes.

Por enquanto, vale o alerta: a samambaia não deve ser consumida de forma pura contra a covid-19, já que é conhecida por ser altamente tóxica. No experimentos, foram utilizadas baixas concentrações do extrato e não se sabe qual é a dosagem segura. Ainda são necessário testes pré-clínicos e clínicos até que uma possível medicação chegue ao mercado.

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Estudo com o extrato de samambaia contra a covid-19

No estudo, a equipe de cientistas adicionou o extrato vegetal em uma placa de Petri — recipiente de plástico ou vidro usado em pesquisas científicas — com células humanas saudáveis. Em seguida, foram introduzidos os agentes infecciosos.

Segundo os autores, tanto os compostos da samambaia quanto os da erva-daninha conseguiriam inibir a capacidade do vírus em entrar nas células. Em outra rodada de experimentos, os pesquisadores descobriram que os extratos protegiam também contra quatro variantes da covid-19: Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Delta (B.1.671.2) e Gama (P.1).

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Agora, "trabalhando para identificar e isolar as moléculas dos extratos que demonstraram atividade contra o vírus”, afirma Cassandra Quave, uma das autoras do estudo, em comunicado. “Depois de isolarmos os ingredientes ativos, planejamos testar a segurança e o potencial como medicamento contra a covid-19”, completa.

Vale lembrar que estes não são os únicos compostos naturais estudados contra a covid-19. No Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) investigam a ação antiviral da planta calêndula (Tagetes patula), o que, no futuro, pode representar a origem de novas medicações.

Fonte: Scientific Reports e Universidade Emory