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Dose única de remédio injetável reduz hospitalizações pela covid-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Fevereiro de 2023 às 15h35

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Lucigerma/Envato Elements
Lucigerma/Envato Elements

Para reduzir casos de hospitalização da covid-19, cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo remédio injetável, o PEG-lambda (Pegylated Interferon Lambda). Na Fase 3 dos estudos clínicos, a medicação de dose única diminuiu o risco de internação em 89% nos pacientes não vacinados, quando aplicada em até três dias do início dos sintomas.

Em pessoas vacinadas contra a covid-19 e infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, a taxa de proteção quando comparado com a do grupo placebo é reduzida para 51%. Mesmo neste cenário, o remédio injetável continua a ser uma boa opção, segundo os responsáveis pelo estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM).

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No total, foram recrutados quase 2 mil voluntários, incluindo indivíduos no Brasil e no Canadá, entre junho de 2021 e fevereiro de 2022. Além do número significativo de participantes, nos testes, o remédio PEG-lambda demonstrou ser eficaz contra diferentes tipos de variante do coronavírus, incluindo a Ômicron.

Agora, os cientistas responsáveis devem buscar a autorização de uso do novo medicamento junto a agências reguladoras, como a Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Como funciona o remédio injetável PEG-lambda?

Vale explicar que o remédio PEG-lambda é uma versão sintética do interferon lambda, uma proteína natural que as células secretam como primeira linha de defesa contra uma infecção viral, como o coronavírus. No caso da covid-19, o medicamento pode ser ainda mais importante, porque, dentro das células, o vírus da covid-19 impede a produção dos interferons. Dessa forma, a infecção avança mais facilmente.

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“Este medicamento poderia ter poupado milhões de vidas, se o tivéssemos no início da pandemia", afirma Jeffrey Glenn, professor da Universidade Stanford e um dos autores do estudo, em comunicado. "Enquanto muitas pessoas ainda não foram vacinadas, esse remédio oferece benefícios tanto para pessoas vacinadas quanto não vacinadas”, completa.

Fonte: NEJM e Universidade Stanford