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Exame prevê se mulheres terão doenças cardiovasculares em 30 anos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 stefamerpik/Freepik
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Uma nova pesquisa do National Institutes of Health (NIH) descobriu como prever riscos de doenças cardiovasculares: medindo dois tipos de gordura na corrente sanguínea junto com uma proteína chamada C-reativa (CRP), que indica inflamação. O estudo foi publicado no periódico New England Journal of Medicine e apresentado no European Society of Cardiology Congress 2024.

Na ocasião, os pesquisadores coletaram amostras de sangue e informações médicas de 27.939 profissionais de saúde que vivem nos Estados Unidos e que participaram de um projeto chamado Women's Health Study.

Essas mulheres começaram a participar do projeto entre 1992 e 1995, com uma idade média de 55 anos, e foram acompanhadas por 30 anos.

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Durante esse período, 3.662 participantes do estudo sofreram um ataque cardíaco, derrame, cirurgia para restaurar a circulação ou uma morte relacionada a problemas cardiovasculares.

Com base nisso, os pesquisadores avaliaram como a CRP ajudou a prever esses eventos.

Previsão de doenças cardiovasculares

Para o estudo, as participantes foram agrupadas em cinco categorias sob a premissa de medir biomarcadores:

  • CRP
  • Colesterol LDL
  • Lipoproteína, um lipídio parcialmente feito de LDL

Os pesquisadores descobriram que as mulheres com os níveis mais altos de colesterol LDL tiveram um risco associado de doença cardíaca aumentado em 36% em comparação com aquelas com os níveis mais baixos.

Enquanto isso, as participantes com os níveis mais altos de Lp(a) tiveram um risco associado aumentado em 33%, e aquelas com os níveis mais altos de PCR tiveram um risco associado aumentado em 70%.

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Quando todas as três medidas foram avaliadas juntas, as participantes com os níveis mais altos tiveram um risco associado de acidente vascular cerebral mais de 1,5 vezes maior e um risco associado de doença cardíaca coronária mais de três vezes maior em comparação com as mulheres com os níveis mais baixos.

Maiores riscos de doenças cardiovasculares

Conforme dizem os pesquisadores, as células imunes também podem sentir o acúmulo de colesterol extra nas células ou se tornarem ativadas em resposta ao acúmulo de placa e enviar sinais inflamatórios. O resultado é um ambiente hiperinflamatório onde a placa pode se formar, aumentar ou até mesmo se romper e causar eventos cardiovasculares.

Os cientistas também descobriram que as medidas que as pessoas tomam no início da vida para cuidar da saúde cardíaca e vascular podem aumentar com o tempo e se correlacionar com melhores resultados de saúde anos e até décadas depois.

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Por enquanto, sabemos que viciados em trabalho têm maior risco de doenças cardiovasculares. Alguns hábitos também podem influenciar. Por exemplo: tomar 4 xícaras de café por dia eleva os riscos. Uma das descobertas mais recentes é que o nível de satisfação pessoal impacta a saúde cardiovascular diretamente. 

Fonte: ESC Congress 2024 London, New England Journal of Medicine