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Europa garante 40 milhões de vacinas contra gripe aviária

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Alexandre Lallemand/Unsplash
Alexandre Lallemand/Unsplash

Nos próximos quatro anos, 15 países da Europa devem receber cerca de 40 milhões de vacinas contra a gripe aviária (influenza aviária, H5N1), conforme anúncio da União Europeia na última segunda-feira (10). As doses são destinadas ao público prioritário — os mais expostos ao vírus, como avicultores e veterinários.

A União Europeia anunciou, também, que o primeiro país a receber as remessas será a Finlândia. Dessas doses, pelo menos 665 mil vêm da fabricante CSL Seqirus.

Por trás do acordo está Health Emergency Preparedness and Response (HERA), a autoridade de preparação e resposta a emergências sanitárias da Comissão Europeia, responsável por preparar o continente antes de futuras emergências, com a implementação de uma resposta rápida.

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"No que diz respeito à gripe aviária, monitorizamos contínua e ativamente a situação... e amanhã, juntamente com os nossos Estados-Membros, garantiremos o acesso a mais de 40 milhões de doses de vacina contra a gripe aviária para proteger os mais expostos. Entregas aos países que têm as necessidades imediatas já estão a caminho", aponta a comissária de saúde da União Europeia, Stella Kyriakides, em entrevista à Reuters.

Gripe aviária na Europa

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), por enquanto não há casos em humanos ou em bovinos registrados em países pertencentes à União Europeia.

O órgão chega a anunciar em um relatório que a transmissão para humanos continua considerada como um evento raro.

Mesmo assim, vale o alerta. Em abril, a Agência de Segurança Alimentar da União Europeia (EFSA) levantou a possibilidade de uma pandemia de gripe aviária em grande escala se o vírus se tornar transmissível entre pessoas, já que os humanos não têm imunidade contra o vírus.

A organização diz que os vírus continuam a evoluir globalmente e, com a migração de aves selvagens, novas estirpes portadoras de potenciais mutações para adaptação aos mamíferos poderiam vir à tona.

“Se os vírus da gripe aviária A (H5N1) adquirirem a capacidade de se espalharem eficientemente entre os seres humanos, a transmissão em larga escala poderá ocorrer devido à falta de defesas imunitárias contra os vírus H5 nos seres humanos”, diz um relatório da EFSA.

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Gripe aviária na América

Atualmente, a situação desperta a preocupação dos especialistas na América. Nos EUA, os casos de gripe aviária aumentam. Entre os meses de maio e junho, o país já apresentou três casos em humanos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

No último dia 6, o México protagonizou a primeira morte de uma pessoa pela variante H5N2 da gripe aviária. No caso, foi um paciente de 59 anos.

Mesmo com esses casos, nas palavras da Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado “baixo o risco atual para a população em geral representado por este vírus”.

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Além da União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá e a Grã-Bretanha também estão em processo de garantir doses de vacinas preventivas contra a gripe aviária.

Fonte: Reuters (1, 2)