EUA autorizam dispositivo baseado em machine learning para identificar COVID-19
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
No último sábado (19), a Food and Drug Administration (FDA, uma agência federal do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) emitiu uma autorização de uso de emergência para um dispositivo de rastreamento baseado em machine learning voltado a identificar a COVID-19 por meio de biomarcadores e indicar alguns tipos de condições, como reações alérgias graves ou até mesmo câncer.
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O dispositivo, que ganhou o nome de Tiger Tech COVID Plus Monitor, tem como proposta prevenir a exposição e disseminação da COVID-19. Trata-se de uma braçadeira com sensores de luz embutidos e um pequeno processador. A braçadeira é enrolada no braço esquerdo da pessoa, acima do cotovelo, durante o uso.
O dispositivo funciona da seguinte maneira: os sensores primeiro obtêm sinais do fluxo sanguíneo durante um período de três a cinco minutos, e assim que a medição é concluída, o processador extrai algumas informações dos sinais, como a taxa de pulso, e os alimenta em um modelo de machine learning treinado para fazer previsões de condições como hipercoagulação, por exemplo, conhecida por ser uma anormalidade comum em pacientes com COVID-19.
“A FDA está empenhado em continuar a apoiar métodos inovadores para combater a pandemia da COVID-19 por meio de novas ferramentas de triagem”, anunciou Jeff Shuren, diretor do Centro de Dispositivos e Saúde da FDA, em comunicado da própria agência federal. “Combinar o uso deste novo dispositivo de triagem, que pode indicar a presença de certos biomarcadores, com verificações de temperatura pode ajudar a identificar indivíduos possivelmente infectados com o vírus e ajudar a reduzir a disseminação de COVID-19 em uma ampla variedade de ambientes públicos, incluindo instalações de saúde, escolas, locais de trabalho, parques temáticos, estádios e aeroportos”, acrescentou.
A FDA ainda explicou que o desempenho clínico do Monitor Tiger Tech COVID Plus foi estudado em hospitais e escolas. O estudo do hospital contou com 467 indivíduos assintomáticos, incluindo 69 casos positivos confirmados, e demonstrou que o dispositivo teve uma taxa de identificações corretas de 98,6%. Entretanto, a agência ressalta que não se trata de um dispositivo de diagnóstico, portanto não deve ser usado para diagnosticar a infecção.
Fonte: FDA