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EUA aprovam injeção contra obesidade; confira como ela deve funcionar

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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rawf8/envato
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Na última sexta-feira (4), a Food and Drug Adminstration (FDA) — agência federal dos Estados Unidos que regula a aprovação de medicamentos — autorizou o uso de um fármaco injetável para o tratamento da obesidade. Conhecido oficialmente por Wegovy, a injeção da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk pode ser uma aliada na perda de peso, quando acompanhada de mudanças alimentares e de uma rotina de exercícios. O medicamento era, inicialmente, adotado para o tratamento de diabetes tipo 2.

A Wegovy é a primeira droga aprovada para controle crônico de peso em adultos com obesidade ou com sobrepeso desde 2014, segundo o comunicado divulgado pela FDA. Para esta finalidade, o ingrediente ativo do medicamento, a semaglutida, afeta um hormônio chamado peptídeo-1 — semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) — e, dessa forma, aumenta a produção de insulina. Além disso, o composto parece suprimir o apetite, segundo a agência reguladora.

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Obesidade nos EUA

"Aproximadamente 70% dos adultos americanos têm obesidade ou sobrepeso. Ter obesidade ou sobrepeso é um sério problema de saúde associado a algumas das principais causas de morte, incluindo doenças cardíacas, derrame cerebral e diabetes, e está relacionado a um risco aumentado de certos tipos de câncer", explicou a agência sobre a importância de novos tratamentos para essa condição.

“A perda de 5% a 10% do peso corporal através de dieta e exercícios foi associada a um risco reduzido de doenças cardiovasculares em pacientes adultos com obesidade ou sobrepeso”, destacou. No entanto, poucos medicamentos já foram aprovados no país para o tratamento da condição, como orlistat (que pode diminuir a quantidade de gordura que o corpo absorve) ou ainda o qsymia (que promove a perda de apetite). Vale lembrar que o uso de qualquer medicamento deve ser prescrito e acompanhado por um médico.

Estudos com a injeção contra a obesidade 

Para comprovar a eficácia do medicamento off label — quando o uso da fórmula diverge daquele recomendado na bula —, voluntários sem diabetes tomaram o composto e, em paralelo, adotaram uma nova dieta (reeducação alimentar) e praticaram uma série de exercícios. Estas pessoas perderam, em média, 12,4% a mais do peso corporal inicial em 16 meses, quando comparadas com o grupo controle.

Em comparação, o grupo que recebeu um placebo, uma rotina de exercícios e uma nova dieta registrou 2,4% de perda de peso. No total, o estudo demonstrou que as pessoas que usaram a injeção com medicamento perderam 14,9% do peso corporal após o final do período de testes.

Além disso, pacientes com diabetes que testaram a droga perderam 6,2% a mais de seu peso corporal em comparação com pessoas que receberam o placebo. No entanto, a droga pode ter efeitos colaterais, como inflamação do pâncreas, aumento da frequência cardíaca, náuseas, diarreia, pensamentos suicidas e formação de cálculos na vesícula.

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Fonte: CNN