Estudos sobre cérebro humano enfrentam escassez de dados, denuncia artigo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Um artigo publicado na revista científica Nature na última quarta-feira (16) apontou que os estudos sobre cérebro humano vêm enfrentando uma escassez de dados, o que afeta diretamente os resultados apresentados. O argumento é que as pesquisas da área contam com um número insuficiente de participantes.
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De acordo com o artigo, conduzido por pesquisadores da Washington University in St. Louis (EUA), uma pesquisa da área exigiria a participação de milhares de indivíduos — o que está muito longe da média de participantes dos estudos relacionados à saúde mental que usam neuroimagem: 23.
Para chegar a esse alerta, os autores do artigo examinaram três estudos baseados na tecnologia de neuroimagem. A ideia era encontrar os subconjuntos de informações por trás da teoria principal apresentada pelo projeto em questão. Na prática, os pesquisadores descobriram que esses subconjuntos de dados não produziam resultados consistentes, já que foram gerados a partir de poucas amostras.
Por outro lado, os autores apontam que quando os resultados desses subconjuntos foram gerados a partir de uma grande amostra (envolvendo milhares de indivíduos), houve consistência com o conjunto de dados completo.
"Esses estudos normalmente se baseiam em tamanhos de amostra apropriados para mapeamento cerebral clássico — o tamanho médio da amostra do estudo de neuroimagem é de cerca de 25 — mas potencialmente muito pequeno. O resultado envolve estudos estatisticamente insuficientes", alerta o artigo.
Fonte: Nature via The New York Times