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Estudo revela o que acontece com os olhos após a morte

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Maio de 2022 às 17h09

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twenty20photos/envato
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O que acontece com os olhos após a morte? Um estudo publicado na revista Nature levantou as primeiras evidências científicas em torno da possível atividade da retina sob essa circunstância. Para chegar a isso, os cientistas da University of Utah (EUA) mediram a atividade em células da retina de camundongos e humanos.

Depois de entender como as células nervosas reagem à falta de oxigênio, os cientistas realizaram alguns ajustes no tecido, revivendo a capacidade de comunicação das células. O artigo descreve que, quando estimuladas pela luz, as retinas post mortem emitem sinais elétricos específicos, conhecidos como ondas b.

Essas ondas também estão presentes em retinas vivas e indicam comunicação entre todas as camadas de células que nos permitem ver. No entanto, conforme comentam os cientistas, é a primeira vez que olhos de doadores humanos falecidos respondem à luz dessa maneira, o que desencadeou questionamentos a respeito da natureza irreversível da morte no sistema nervoso central.

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Descobrir como tecidos do sistema nervoso lidam com a perda de oxigênio é importante para a comunidade científica, porque pode permitir recuperar funções cerebrais perdidas, no futuro. Nesse experimento mais recente, os pesquisadores conseguiram fazer com que as células da retina se comunicassem da mesma forma que acontece no olho de uma pessoa viva.

"Nossa restauração da onda b neste estudo levanta a questão de saber se a morte cerebral, como é definida atualmente, é realmente irreversível", aponta o estudo. Isso significa que se fotorreceptores (receptores sensoriais responsáveis pela visão) puderem ser revividos, há esperança para futuros transplantes que podem ajudar a restaurar a visão.

Atualmente, a ciência e a tecnologia estão trabalhando juntas para encontrar um meio eficaz de devolver a visão às pessoas. Em fevereiro, um grupo de Stanford (EUA) desenvolveu óculos especiais capazes de restaurar parte da capacidade visual de pacientes com degeneração macular.

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Já em março, um estudo publicado na revista científica BME Frontiers apontou uma técnica baseada em ultrassom capaz de ativar determinados circuitos neurais conectados ao cérebro e devolver a visão a um paciente com doença degenerativa na retina.

Por sua vez, o Moorfields Eye Hospital (Reino Unido) criou um chip que, ao ser inserido sob a retina, conseguiu fazer uma paciente voltar a enxergar. Essas melhorias podem alavancar ainda mais, com essas novas descobertas acerca do que acontece com os olhos após a morte.

Fonte: Nature, Science Alert