Estudo: cannabis nos primeiros meses de gravidez pode prejudicar o feto

Segundo um novo estudo publicado no periódico Journal Frontiers in Pediatrics, a exposição a cannabis nos primeiros meses de gravidez pode prejudicar o desenvolvimento do feto. O grande alerta dos autores do artigo é que muitas gestantes não sabem de suas condições nos primeiros meses.

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Os pesquisadores encontraram uma diminuição significativa no peso da criança, quando ocorre a exposição à cannabis. A preocupação ocorre porque o baixo peso ao nascer é um dos indicadores mais fortes da saúde e do desenvolvimento de uma criança a longo prazo.

"Essas crianças são mais propensas a atrasos no desenvolvimento, taxas mais altas de TDAH, dificuldades de aprendizagem e taxas mais altas de problemas emocionais”, estimam os responsáveis pelo estudo.

De acordo com a pesquisa, se a exposição à substância continua durante o resto da gravidez, o peso do bebê ao nascer cai mais 31 gramas, em média, além da redução do perímetro cefálico do recém-nascido é reduzido se o uso de maconha continuasse durante a gravidez.

Outro impacto destacado pelo estudo foi que, mesmo quando as grávidas pararam de usar a cannabis no terceiro trimestre, os bebês nasceram com uma circunferência da cabeça menor, o que é um sinal de que o cérebro não se desenvolveu adequadamente durante a gestação.

Embora a redução dos níveis de consumo de cannabis durante a gravidez seja benéfica, pode não ser suficiente para proteger o bebê em desenvolvimento. A recomendação dos cientistas é evitar a substância durante a gravidez e, em caso de uma gestação planejada, parar de usar antes de engravidar.

Para o estudo, o grupo usou dados de prontuários médicos de 109 grávidas que deram à luz em uma clínica de obstetrícia da Central Michigan's College of Medicine, nos EUA. Esses dados foram comparados com os dados de 171 pessoas que não costumavam usar cannabis.

De qualquer forma, vale lembrar que longe da gravidez, a cannabis pode ser benéfica, já que oferece um uso medicinal. Para se ter noção, em abril, a Fiocruz destacou evidências científicas da cannabis medicinal.

Fonte: Journal Frontiers in Pediatrics via CNN Health