Estudo aponta ultraprocessados que podem encurtar seus anos de vida
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Não é segredo que os alimentos ultraprocessados possuem uma série de malefícios para a saúde, e como mostra um novo estudo apresentado na NUTRITION 2024 — a principal reunião anual da Sociedade Americana de Nutrição — podem até encurtar seus anos de vida.
A pesquisa produzida pela equipe do National Cancer Institute sugere que consumir maiores quantidades de alimentos ultraprocessados leva a 10% mais probabilidade de morrer em um acompanhamento médio de 23 anos, em comparação com aqueles que consumiram menos.
Ou seja: a maior ingestão de alimentos ultraprocessados foi associada a aumentos em mortes por qualquer causa, principalmente doenças cardíacas ou diabetes.
Para chegar a essas informações, os pesquisadores consideraram os dados de mais de 540 mil pessoas que forneceram informações sobre hábitos alimentares desde 1990, quando tinham entre 50 e 71 anos de idade. Eles analisaram então as taxas gerais de mortalidade e possíveis associações com alimentos específicos.
"Piores" alimentos ultraprocessados
Os autores disseram que as carnes altamente processadas e os refrigerantes eram alguns dos subgrupos de alimentos ultraprocessados mais fortemente associados ao risco de mortalidade.
Dito isso, consumir menos nesses alimentos poderia ajudar na prevenção de doenças e promoção de uma saúde mais adequada.
Os pesquisadores também levaram em conta outros fatores que podem aumentar o risco de morte de uma pessoa, como tabagismo e obesidade, e perceberam que pessoas que consumiam mais alimentos ultraprocessados também tendiam a ter maior índice de massa corporal.
Ao todo, as pessoas foram questionadas sobre o consumo de 124 alimentos. Refrigerantes diet foram os principais contribuintes para o consumo de alimentos ultraprocessados. Em seguida, na lista, estão os refrigerantes com açúcar.
Grãos refinados (como pães ultraprocessados) e produtos assados também foram muito populares no que diz respeito ao consumo desses alimentos.
Mesmo que as carnes e o refrigerante sejam os piores, vale lembrar que ultraprocessados de origem vegetal também prejudicam a saúde.
Malefícios dos alimentos ultraprocessados
Os alimentos ultraprocessados aumentam risco de sintomas depressivos e estão associados ao declínio cognitivo. Os processos industriais destroem a estrutura natural dos ingredientes alimentares e retiram muitos nutrientes benéficos (como é o caso das fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos).
Estudos já mostraram que os alimentos ultraprocessados também aumentam risco de câncer de boca e garganta.
Fonte: News Medical