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Estresse sofrido por grávidas na pandemia afeta cérebro de bebês

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Junho de 2022 às 10h30

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DS stories/Pexels
DS stories/Pexels

O estresse sofrido por grávidas durante a pandemia de covid-19 pode ter afetado o cérebro dos bebês, segundo um estudo publicado na revista Communications Medicine. Para chegar a essa afirmação, os pesquisadores analisaram 65 mulheres que engravidaram durante a pandemia (junho de 2020 a abril de 2021) e 137 que tiveram filho pouco antes da pandemia (março de 2014 a fevereiro de 2020).

Na prática, os pesquisadores registraram os cérebros de fetos ainda no útero, usando ressonância magnética (RM). A imagem avaliou a estrutura da superfície do cérebro, incluindo dobras corticais, a forma enrugada e a profundidade das rugas da superfície.

Os autores do estudo conduziram, então, um questionário sobre qualquer sofrimento experimentado durante a gravidez, incluindo ansiedade, estresse e depressão. Esses efeitos foram notavelmente maiores nas participantes grávidas durante a pandemia (52%) em comparação com as que tiveram a gestação antes de tudo acontecer (27,6%).

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Impacto do estresse no cérebro dos bebês

Os autores observaram que a estrutura cerebral e os volumes da substância branca estavam menores nos fetos das que engravidaram durante a pandemia. O desenvolvimento dessas estruturas cerebrais foi negativamente associado a ansiedade, estresse e depressão. Os autores sugerem que essas métricas podem indicar um efeito chamado "girificação [forma enrugada] cerebral atrasada".

No entanto, há diversos aspectos relacionados ao desenvolvimento do cérebro, não apenas o estresse materno elevado, e futuros estudos devem considerar o impacto a longo prazo dessas possíveis mudanças.

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"O sofrimento psicológico materno elevado durante a gravidez está ligado a resultados adversos na prole. Os efeitos potenciais de níveis intensificados de sofrimento materno durante a pandemia de covid-19 no cérebro fetal em desenvolvimento são atualmente desconhecidos", diz o estudo. "O volume de algumas áreas do cérebro fetal diminuiu e houve um atraso no desenvolvimento das dobras cerebrais nos fetos das mães angustiadas", conclui.

Fonte: Communications Medicine via EurekAlert