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Especialistas alertam para pico de casos de COVID-19 no mundo todo após o Natal

Por| 11 de Dezembro de 2020 às 16h20

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TanteTati/Pixabay
TanteTati/Pixabay

Profissionais da saúde e infectologistas já começaram a demonstrar preocupação com a chegada do primeiro Natal no meio de uma pandemia, inclusive a própria OMS (Organização Mundial de Saúde). Com a chegada das festas de fim de ano, que costumam significar viagens e encontros de grupos diferentes de várias pessoas, as chances de que a contaminação pela COVID-19 atinja grandes picos no mês que vem são grandes.

Mike Ryan, diretor de emergências da OMS, fez uma declaração sobre o assunto no final do mês passado, afirmando que cada governo terá que decidir qual será a política aplicada com base nos riscos epidemiológicos, sociais e econômicos. A líder técnica de COVID-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, recomenda que as famílias optem por reuniões virtuais. "É incrivelmente difícil porque, principalmente durante as festas, nós queremos muito estar com a família. Mas, em algumas situações, a decisão difícil de não ter um encontro familiar é a aposta mais segura", explica.

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Jaques Sztajnbok, supervisor da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, contou ao site BBC Brasil que a expectativa é de um número alto de novos casos em janeiro. "Se fôssemos reproduzir os encontros natalinos da forma que tradicionalmente ocorrem, neste momento epidemiológico, o que espero é um repique brutal no número de casos, devido à contaminação que vai ocorrer neste momento", conta o profissional.

A recomendação de governos de diferentes países é que as pessoas evitem se reunir no Natal e no Ano Novo, uma vez que mesmo com todos os cuidados necessários o risco de contágio não deixa de existir. Além disso, com as notícias recentes sobre os resultados de testes de uma vacina e de países que já começaram a vacinação, as pessoas podem acabar tendo uma falsa ilusão de segurança.

"Estamos perto da vacina, mas infelizmente temos pessoas perdendo o jogo na prorrogação — são mortes desnecessárias. Precisamos aguentar esse último terço de caminhada até a vacina", conta Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia. Ryan também fala sobre as vacinas, dizendo que, mesmo com as doses prontas, não significa que o mundo estará livre da COVID-19 tão rápido, principalmente porque muitos países não conseguirão começar o processo de vacinação tão cedo.

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Nos Estados Unidos, os alertas começaram ainda antes devido ao tradicional feriado do Dia de Ação de Graças, o Thanksgiving, que também é conhecido por reunir famílias e amigos no fim do mês de novembro. No dia 19 do mesmo mês, o Centro de Controle de Doenças do país, o CDC, pediu que os norte-americanos evitassem a comemoração com encontros físicos, com o dia chegando ao fim com um número recorde diário de 183 mil novos casos.

Caso ocorram encontros, o ideal é que sejam de grupos pequenos de pessoas, respeitando as normas de distanciamento social, uso de máscara quando não estiverem se alimentando e também que o local seja arejado.

Fonte: BBC