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Emagrecer ajuda a retardar o envelhecimento do cérebro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Novembro de 2023 às 15h45

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hainguyenrp/Pixabay
hainguyenrp/Pixabay

A vida moderna está envelhecendo nosso cérebro, mas um estudo publicado na revista científica eLife afirmou que perder peso pode reduzir o envelhecimento do órgão. Mudar a alimentação para uma dieta rica em vegetais frescos e pobre em alimentos processados ​​pode contribuir positivamente para a idade biológica do órgão mais misterioso do corpo humano.

Segundo o estudo, a dieta mediterrânea rica em vegetais, frutos-do-mar e grãos pode retardar os sinais de envelhecimento cerebral acelerado, normalmente observados na obesidade, com apenas 1% de perda de energia. Para chegar a essa descoberta, os cientistas envolvidos analisaram 102 participantes.

Esses participantes foram divididos em três grupos: um deles deveria aderir a uma dieta mediterrânea com muitas nozes, peixe e frango em vez de carne vermelha; o outro, a uma dieta mediterrânea com chá-verde, e o terceiro a uma dieta baseada em diretrizes alimentares saudáveis previamente estipuladas por especialistas.

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Exames cerebrais foram realizados uma vez antes do início do estudo e novamente após 18 meses, juntamente com uma bateria de testes de função hepática, níveis de colesterol e peso corporal. Depois desse período, as análises mostraram que a idade cerebral dos participantes que aderiram a essas dietas parecia quase nove meses mais jovem do que o esperado, em comparação com estimativas da idade cronológica do órgão.

As estimativas da idade do cérebro foram baseadas num algoritmo que foi treinado em imagens cerebrais de um grupo separado de quase 300 pessoas, com o modelo a prever com precisão a idade a partir de medidas de conectividade cerebral.

Perda de peso protege o cérebro

Em média, as pessoas que participaram do estudo perderam cerca de 2,3 quilos. Para cada 1% de peso corporal eliminado, os cérebros dos participantes ficaram quase nove meses mais jovens do que a sua idade cronológica.

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Os sinais de envelhecimento cerebral retardado também foram associados a níveis mais baixos de gordura no fígado e a um perfil lipídico melhorado, mas os próprios pesquisadores reconhecem que as alterações podem ser superficiais ou de curta duração.

A equipe também aponta que nem tudo se resume a alimentação, porque os participantes do teste também passaram a frequentar a academia, o que sugere que a prática de exercício físico também foi um fator importante para a perda de peso e, consequentemente, para manter o cérebro biologicamente mais jovem.

Idade biológica prevê riscos psiquiátricos

Em novembro, um estudo publicado no periódico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry sugeriu que determinar a idade biológica de uma pessoa pode ajudar a prever riscos de condições neurológicas como o Alzheimer. Ao utilizar os biomarcadores que os pesquisadores descobriram que quando a idade biológica de uma pessoa ultrapassa a idade cronológica (o número de anos que a pessoa viveu), isso pode significar envelhecimento do cérebro e maiores chances de doenças relacionadas com a idade.

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Fonte: eLife