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E. coli: o que o caso de contaminação envolvendo o McDonald’s nos ensina

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Polina Tankilevitch/Pexels
Polina Tankilevitch/Pexels

Nos EUA, o McDonald's está sob investigação devido a uma suposta contaminação da bactéria E. Coli por cerca de 50 clientes, e pelo menos uma morte. Os órgãos de saúde dos EUA (como o CDC e a FDA) atualmente tentam entender o que está acontecendo. Ainda não se sabe qual ingrediente alimentar específico está contaminado.

Em comum, todos esses clientes consumiram o sanduíche Quarterão, de modo que algumas franquias chegaram a mudar a configuração do lanche, enquanto se busca a causa da contaminação.

"O McDonald's está colaborando com parceiros de investigação para determinar qual ingrediente alimentar está deixando as pessoas doentes. O McDonald's parou de usar cebolas frescas em tiras e hambúrgueres de carne em vários estados enquanto a investigação está em andamento para identificar o ingrediente que causa a doença", diz o relatório do CDC.

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Com isso, as unidades no Colorado, Kansas, Utah, Wyoming e partes de Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Novo México e Oklahoma pararam temporariamente de usar cebolas em tiras e hambúrgueres destinados especificamente para o Quarterão.

"Os investigadores estão trabalhando para confirmar qual ingrediente nesses hambúrgueres está deixando as pessoas doentes e se ele foi para outros restaurantes ou lojas", acrescenta o comunicado.

Contaminação por E. Coli

De acordo com o CDC, as bactérias E. Coli são encontradas em muitos lugares, incluindo no ambiente, alimentos, água e intestinos de pessoas e animais. A maioria é inofensiva e faz parte de um trato intestinal saudável, além de nos ajudar a digerir alimentos, produzir vitaminas e nos proteger de germes nocivos.

Mas algumas cepas da E. coli podem deixar as pessoas doentes, principalmente por meio de alimentos ou água contaminados ou contato com animais, ambientes ou outras pessoas.

Inclusive, o órgão de saúde relembra que algumas pessoas têm maior probabilidade de serem infectadas. Os grupos de pessoas com maior risco de infecção por E. coli incluem:

  • Crianças menores de 5 anos
  • Adultos com 65 anos ou mais
  • Pessoas com sistema imunológico enfraquecido
  • Viajantes internacionais
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Sintomas da contaminação por E. Coli

A infecção por E. coli ocorre devido à produção da toxina Shiga (STEC), que pode levar a uma condição de saúde séria chamada síndrome hemolítico-urêmica. As consequências podem se agravar, chegando à insuficiência renal, problemas de saúde permanentes e até mesmo morte.

Normalmente, os sintomas da contaminação por E. Coli envolvem:

  • Diarreia
  • Infecções do trato urinário
  • Pneumonia
  • Sepse
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"Lavar as mãos é uma das melhores maneiras de proteger você e outras pessoas de ficarem doentes", recomenda o CDC. Preparar alimentos com segurança e beber água potável também fazem parte das dicas do órgão.

É possível desconfiar de alimentos contaminados?

É importante ficar atento a possíveis alimentos contaminados. O cheiro, a aparência e a cor podem servir como pistas de que o alimento não é seguro. Vale lembrar que alimentos enlatados e embutidos merecem atenção redobrada.

Dra. Edvânia Soares, nutricionista da Estima Nutrição e pós-graduada em Nutrição Clinica Esportiva e Vigilância Sanitária, explica que a contaminação vem desde a forma que fazemos a higienização de um alimento até o momento da manipulação.

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"É muito importante a gente olhar para a alimentação e garantir que ela esteja segura, obedecendo todos esses processos, desde a higienização até o armazenamento. Isso sim vai garantir que essa alimentação esteja de forma adequada para o nosso organismo, porque a partir do momento em que a gente consome esse alimento que veio contaminado, qualquer um dos sintomas causa uma desordem no nosso organismo que pode comprometer a absorção nutricional", afirma.

Segundo Alessandro Castanha da Silva, professor de Microbiologia da UNINTER, a cozinha é um dos principais pontos de risco de contaminação, devido à preparação de alimentos.

"Superfícies de trabalho, tábuas de corte, utensílios, panos de prato e esponjas são propensos a acumular bactérias e fungos. Para evitar isso, é importante limpar essas áreas regularmente com água quente e sabão, e utilizar desinfetantes adequados para eliminar as bactérias. Trocar esponjas, panos de pia e panos de prato regularmente também é recomendado", diz o especialista.

A médica infectologista e patologista clínica Carolina Lázari, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), alerta que a prevenção de doenças causadas por bactérias exige rigor no preparo e conservação de alimentos, especialmente os artesanais. "Em casa, é importante evitar alimentos com embalagens estufadas ou latas amassadas, que podem sinalizar contaminação", explica.

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Fonte: CDC

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