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Duas doses de vacinas diferentes da COVID-19 podem aumentar imunidade; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Maio de 2021 às 16h30

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Pixabay
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Atualmente, a vacinação contra a COVID-19 consiste na aplicação de duas doses de um imunizante, na maioria dos casos, mas sempre da mesma farmacêutica desenvolvedora. Porém, no futuro, esse cenário pode mudar, fazendo-nos entrar em algo que é chamado de vacinação heteróloga, na linguagem mais formal.

Basicamente, esse processo consiste em "misturar e combinar", como explica Helen Fletcher, professora de imunologia da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que pode acontecer com a escassez de vacina ou preocupação com os efeitos colaterais. Na França e na Alemanha, autoridades de saúde já estão encorajando as pessoas que se vacinaram com uma dose da AstraZeneca a considerar uma opção de vacina desenvolvida com a tecnologia de mRNA como segunda dose.

Fletcher explica que todas as vacinas funcionaram mostrando ao sistema imunológico de um indivíduo que uma invasão por vírus está acontecendo, quando na verdade não está. Então, quando o vírus realmente aparece, o sistema imunológico irá reconhecer a ameaça e vai tentar impedir a infecção. Sendo assim, o uso de duas vacinas estaria dando ao sistema imunológico duas reflexões do vírus.

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A ideia vem chamando a atenção da empresa Gritstone bio, da Califórnia, que está trabalhando no desenvolvimento de vacinas com dois "designs" diferentes. O CEO da companhia, Andrew Allen, diz que a resposta humana natural a um vírus é mobilizar duas partes bem distintas do sistema imunológico. "Um usa anticorpos e o outro se apoia em algo chamado células CD8", explica. "Diferente dos anticorpos, as células T CD8 não reconhecem um vírus diretamente, mas sim uma célula que foi infectada pelo vírus, e podem destrui-la", complementa.

A Gritstone desenvolveu dois tipos de vacina, cada uma delas ativando uma parte diferente do sistema imunológico: uma de vetor viral e uma de mRNA. Segundo Allen, a vacina de vetor viral é excelente na estimulação da produção das células T CD8, e com a combinação é possível ter "o melhor de dois mundos". A companhia já vem testando as doses em humanos.

Fonte: NPR