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Dose de reforço de fabricantes diferentes pode ser mais eficaz contra covid-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Outubro de 2021 às 17h40

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 twenty20photos/Envato
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Tomar diferentes vacinas em aplicações de reforço pode ser tão eficaz e seguro quanto receber doses da mesma fabricante, de acordo com um novo estudo conduzido pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos. A pesquisa conta, inclusive, que essa mistura pode ser ainda melhor para prevenir a covid-19, trazendo uma proteção maior contra o SARS-CoV-2 e suas diferentes variantes.

Os testes sugerem que a vacina de mRNA da Moderna, que ainda não está disponível no Brasil, é capaz de oferecer maior proteção contra o coronavírus em todos os aspectos. Além disso, os resultados sugerem que vacinados com dose única da Johnson & Johnson podem ter a imunidade reforçada significativamente com qualquer vacina desenvolvida com mRNA, tanto da Moderna quanto da Pfizer. "Esses dados sugerem que se uma vacina é aprovada ou autorizada como reforço, a resposta imune será gerada independente do primeiro regime de vacinação contra a covid-19", diz a pesquisa.

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Para desenvolver o estudo, os pesquisadores recrutaram cerca de 458 pessoas com mais de 18 anos em diferentes localidades dos Estados Unidos, que foram divididas em três grupos com cerca de 150 pessoas em cada um. Cada grupo havia recebido um esquema vacinal diferente: duas doses da vacina da Moderna, duas da Pfizer ou a dose única da vacina da Janssen (Johnson & Johnson).

Na sequência, cada um dos três grupos de 150 pessoas foi dividido em três grupos de 50, e cada um desses subgrupos recebeu uma dose de reforço diferente. As vacinas foram aplicadas entre 12 a 29 semanas após o fim do esquema vacinal inicial. Logo depois, os pesquisadores avaliaram os níveis de neutralização e ligação dos anticorpos no dia da aplicação, antes mesmo do reforço começar a fazer efeito.

A verificação foi feita novamente, então, entre 15 e 29 dias depois de receberem a dose de reforço. Em todas as combinações de vacinas feitas, os níveis de anticorpos aumentaram entre quatro e 56 vezes. Na análise dos anticorpos neutralizantes, aqueles que se conectam e evitam que o vírus infecte as células, houve aumento de quatro a 20 vezes após a terceira dose ser a mesma das duas primeiras. Já naquelas que receberam vacinas diferentes, os níveis aumentaram entre seis a 76 vezes.

No geral, portanto, pessoas que receberam a vacina da Moderna tiveram os níveis mais altos de anticorpos neutralizantes, independente da dose recebida inicialmente. Os cientistas explicam que os testes não foram abrangentes o suficiente. No entanto, para afirmar qual combinação oferece a melhor proteção, e o estudo ainda precisa passar por revisão por pares.

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Você pode conferir o estudo neste link.

Fonte: ARS Technica