Dormir exposto à luz de qualquer intensidade pode gerar problemas de saúde
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 23 de Junho de 2022 às 18h30
Segundo um estudo da Northwestern University Feinberg School of Medicine, dormir exposto à luz de qualquer intensidade é suficiente para desencadear problemas de saúde. Os autores do artigo descobriram que dormir apenas uma noite com uma luz fraca eleva o açúcar no sangue e a frequência cardíaca.
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Estudos anteriores já tinham apresentado o perigo de se dormir de luz acesa (prática associada a diabetes e doenças cardíacas), mas agora a ciência tem uma resposta para a exposição ao mínimo de luz. Conforme comentam os pesquisadores, foi possível notar durante o experimento que a luz fraca entrou nas pálpebras mesmo que os envolvidos estivessem dormindo de olhos fechados.
Essa pequena quantidade de luz criou um déficit no estágio REM (movimento rápido dos olhos), em que ocorre a maior parte da renovação celular. Com isso, os especialistas recomendam posicionar a cama longe das janelas ou usar persianas que bloqueiem a luz.
Outra dica envolve não carregar notebook ou celular no quarto, porque a luz emitida altera a melatonina e pode atrapalhar o sono. Na pior das hipóteses, o recomendado é usar uma máscara de dormir para proteger os olhos.
O que acontece com o idoso que dormir exposto à luz
Na última quarta-feira (22), um estudo publicado na revista Sleep estudou como dormir exposto a luzpode atingir idosos já estão em maior risco de diabetes e doenças cardiovasculares. Os participantes usaram um pequeno dispositivo wearable que mede os ciclos de sono, movimento médio e exposição à luz. A conclusão foi que os participantes expostos a um nível maior de luz eram os mais propensos a ter diabetes, obesidade ou hipertensão.
Nesse caso, mesmo que a ideia seja impedir o idoso de dormir exposto à luz, os especialistas indicam que se tenha luzes noturnas posicionadas mais próximas do chão, de preferência na cor vermelha, para o caso de precisar levantar à noite. A explicação é que esse espectro de luz tem um comprimento de onda mais longo e é menos perturbador do que comprimentos de onda mais curtos, como a luz azul.
Fonte: Northwestern Now, Sleep via CNN Health