Dicas e recomendações são mais eficazes por áudio do que por texto

A internet é um âmbito cheio de recomendações. Você pode acessar informações sobre determinado produto através de vídeos, blogs, postagens nas redes sociais, etc. No entanto, um estudo publicado na revista Psychological Science revelou que essas dicas são muito mais eficazes quando feitas em áudio, em vez de texto.

• Contar histórias pode sincronizar corações de pessoas a quilômetros de distância
• Neurônios específicos acendem no seu cérebro quando você ouve alguém cantar

A equipe de Stanford conduziu uma série de experimentos em que os participantes encontraram a mesma informação em diferentes formas, incluindo áudio gerado por computador. Os pesquisadores perceberam que, em geral, as recomendações auditivas para produtos eram mais influentes do que as textuais.

“Em teoria, isso não deveria resultar em nenhuma diferença de comportamento. O fato de levar a experiências psicologicamente diferentes que são significativas o suficiente para levar a uma mudança de comportamento não é algo esperado", revelam os autores do artigo.

Ainda é uma tarefa difícil identificar a razão que justifica essa diferença, mas a teoria envolve a natureza efêmera da informação auditiva, ou seja: diferente de um texto, o som vai desaparecer logo, e a pessoa tende a valorizar mais e absorver esse conteúdo. “Quando algo tende a desaparecer, cria uma espécie de urgência de resposta”, afirmam os cientistas.

Para testar se essa teoria era válida, os cientistas colocaram os participantes do estudo para receber recomendações visualmente, mas dessa vez cada palavra desaparecia em poucos instantes. Nesse caso, a probabilidade de seguir a recomendação foi a mesma do áudio.

Os pesquisadores aproveitam para reiterar o que já foi levantado por um estudo anterior: vozes humanas autênticas são consideradas mais competentes e inteligentes do que as geradas por computador. “A razão para isso são as pistas paralinguísticas da voz humana, como entonação, tom e volume”, concluem os envolvidos.

Fonte: Psychological Science via Stanford Business