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Diabetes tipo 1 traz complicações a 31% dos jovens afetados no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Agosto de 2022 às 11h59

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Novo estudo revela quadro preocupante de diabetes tipo 1 entre brasileiros, especialmente os mais jovens. Também conhecido como DM1, o diabetes é uma condição crônica não transmissível (CCNT) que aflige mais de 92 mil brasileiros entre 0 e 19 anos, alçando o país ao 3º lugar em número de pessoas com a doença. A condição ainda não tem cura, mas há pesquisas investigando possíveis tratamentos.

Diabetes no Brasil é preocupante

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A pesquisa, conduzida pela Juvenile Diabetes Research Foundation (JDRF), alerta que 31% da população diabética entre 13 e 19 anos têm uma ou mais complicações de saúde, incluindo doenças oculares e renais, aumentando o custo do tratamento em até 29 vezes. A maioria dos indivíduos com a doença não alcançou as metas de glicemia, não melhorando em 2 anos de acompanhamento.

O diabetes tipo 1 é autoimune e hereditária: o tratamento exige monitoramento constante do nível de açúcar no sangue e uso diário de insulina ou outros medicamentos para controlar a glicose sanguínea. De causa desconhecida, a melhor forma de preveni-la é equilibrando a alimentação, realizando atividades físicas e evitando álcool, tabaco e drogas. É uma das principais CCNTs diagnosticadas na infância e/ou adolescência.

Tendo em vista os problemas enfrentados pelos pacientes de DM1 no país, na próxima segunda-feira (22) a ADJ Diabetes Brasil se junta à JDRF e outros pesquisadores da área para revelar dados do último estudo global sobre a doença, o T1D Index, como parte de um evento chamado "Diabetes Tipo 1 no Brasil: lições e planos urgentes". Ele acontecerá online e será gratuito, às 16h, pelo Zoom.

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Oficialmente, os dados serão revelados apenas no mês de setembro, mas decidiu-se pela antecipação da divulgação no Brasil por preocupações acerca das dificuldades de acesso a tratamento de qualidade e a educação deficitária sobre o diabetes no país.

Segundo Mark Barone, vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, o encontro será importante pois irá reunir líderes institucionais com capacidade para tomar ações prioritárias e avançar no combate à condição a curto e médio prazo, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Além dos dados, recomendações científicas e de políticas públicas já aprovadas no Brasil — mas ainda sem implementação completa — serão compartilhadas no evento, de acordo com Barone. A organização ainda estende convites a autoridades e líderes de saúde de diversos setores, buscando aumentar o engajamento e melhorar as condições de saúde e qualidade de vida de diabéticos tipo 1 no Brasil, bem como a de seus familiares.

Fonte: FórumDCNT