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Tratamento do diabetes sem insulina? Cientistas dizem que cura pode ser possível

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Abril de 2022 às 10h11

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RossHelen/Envato
RossHelen/Envato

Uma equipe de cientistas norte-americanos investiga novas formas de tratamento para o diabetes tipo 2, que não envolvam o uso de insulina ou de outros medicamentos. Já testada em animais (estudos pré-clínicos), a ideia é usar um ultrassom para estimular as vias neurometabólicas do corpo e, com isso, será possível reverter e até mesmo prevenir a doença. A descoberta ainda está em fase da validação.

O estudo sobre o tratamento revolucionário contra o diabetes envolve diferentes institutos internacionais de pesquisa, como a Yale School of Medicine (YSM), nos Estados Unidos. Por enquanto, o resultado da investigação em animais está em fase de publicação e, em breve, deve ser integralmente disponibilizada na revista Nature Biomedical Engineering.

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"Pulsos de ultrassom foram usados ​​para modular uma via nervosa autonômica fígado-cérebro para prevenir ou reverter o aparecimento de hiperglicemia em modelos de várias espécies com diabetes", adiantam os autores.

Estudos para o tratamento do diabetes sem insulina

Agora, a equipe de cientistas realiza testes de viabilidade para os experimentos com humanos. Inicialmente, foram recrutadas pessoas com o diabetes tipo 2, mas ainda não há previsão para quando esta nova etapa da pesquisa será concluída. Independente da questão temporal, o objetivo é desenvolver uma terapia mais eficiente e que, potencialmente, possa eliminar a doença.

“Se nossos ensaios clínicos em andamento confirmarem a promessa dos estudos pré-clínicos relatados neste artigo, e o ultrassom puder ser usado para reduzir os níveis de insulina e glicose, a neuromodulação do ultrassom representaria uma adição emocionante e totalmente nova às opções atuais de tratamento para nossos pacientes”, explica Raimund Herzog, professor associado da YSM, em comunicado.

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"Embora já tenhamos uma grande variedade de medicamentos antidiabéticos disponíveis para tratar altos níveis de glicose, estamos sempre procurando novas maneiras de melhorar a sensibilidade à insulina no diabetes", comenta o professor.

Vale lembrar que, hoje, o diabetes tipo 2 afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Esta condição é considerada uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores. Por isso, novos tratamentos são tão necessários.

Fonte: Nature Biomedical Engineering e YSM