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Dengue: número de casos aumenta 85% no Brasil em 2022

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 Mohamed Nuzrath/Pixabay
Mohamed Nuzrath/Pixabay

Paralela à pandemia de covid-19, a situação da dengue no Brasil vem despertando preocupação. Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos aumentou 85% no país em 2022 até agora, em comparação com o mesmo período em 2021. No que diz respeito às mortes, o aumento também é expressivo: 73% a mais, em relação ao ano passado.

Até a última sexta-feira (15), foram notificados 323,9 mil casos de dengue no Brasil, com direito a uma incidência de 151,8 por 100 mil habitantes. As preocupações estão voltadas principalmente para a região Sul, que costumava ter um número bem menor de casos, graças a condições climáticas, e agora 26 cidades de Santa Catarina já declaram epidemia, enquanto Florianópolis chegou à situação de emergência. A teoria é que alta de temperatura favorece o acesso do vírus em novos locais.

Por enquanto, o local de maior incidência de dengue do Brasil é Votuporanga, município de São Paulo. Ao too, a cidade enfrenta 4.971 casos para cada 100 mil habitantes. Os especialistas reconhecem que o estado passa por um aumento de casos, em comparação com o ano de 2021, mas relembram que a preocupação é menor que em anos considerados críticos, como 2014, 2017 e 2018.

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Tendo em mente essa alta de dengue, o Distrito Federal utilizou drones para pulverizar inseticida na região de Valparaíso de Goiás, por concentrar níveis elevados de concentração do mosquito Aedes aegypti, e por sua vez, de casos da doença em questão. A solução encontrada pelo Ministério da Saúde para conter essa alta de dengue foi enviar aos Estados:

  • 22,5 milhões de pastilhas larvicidas para recipientes com água;
  • 2,8 mil quilos de inseticida para o tratamento residual em pontos estratégicos;
  • 97 mil litros de solução inseticida para pulverização.

Prevenção da dengue

Qualquer epidemia de dengue está diretamente relacionada à concentração da densidade do mosquito, ou seja, quanto mais insetos, maior a probabilidade delas ocorrerem. Por isso, é importante conhecer os hábitos do mosquito, a fim de combatê-lo como forma de prevenção da doença. Como a água parada é o criadouro perfeito para a reprodução do inseto, os métodos de prevenção incluem:

  • Tampar as caixas d'água;
  • Não deixar água acumulada na laje;
  • Manter os lixos fechados;
  • Utilizar areia nos vasos de plantas;
  • Deixar garrafas e outros recipientes de cabeça para baixo;
  • Deixar as lonas esticadas;
  • Retirar a água dos pneus.

Segundo a Fiocruz, evidências apontam que, quando uma pessoa é infectada por um dos quatro sorotipos, torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi infectado.

Os sintomas incluem vômitos persistentes, dor abdominal, hipotensão postural, hemorragias e inquietação. Na presença desses sinais, pessoa deve procurar imediatamente atendimento médico.

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A instituição acrescenta que, até o momento, não há um remédio eficaz contra o vírus da dengue. No entanto, o tratamento é realizado a base de analgésicos e antitérmicos. Os especislitas também recomendam o aumento da ingestão de água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Para dengue hemorrágica, o tratamento é realizado a partir de internação hospitalar.

Fonte: O Estado de S. Paulo, Fiocruz