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Demogorgon da vida real: lagarto abre o rosto como uma flor para se proteger

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2022 às 19h00

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Yakov_Oskanov/Envato
Yakov_Oskanov/Envato

Aproveitando que o último volume da quarta temporada de Stranger Things está logo aí, que tal conhecer o "Demogorgon da vida real"? O lagarto-dragão (Phrynocephalus mystaceus) pode abrir seu maxilar como uma flor, de maneira bem parecida com a criatura da série, utilizando dessa habilidade para espantar os predadores, como sugere uma pesquisa recentemente publicada no Biological Journal of the Linnean Society.

Muitos animais contorcem seus corpos em todos os tipos de formas peculiares na tentativa de atrair um parceiro, mas não é o caso do lagarto-dragão. "Cores chamativas também podem evoluir sob a seleção natural como sinais de alerta, que impedem ataques de predadores. Embora manchas de cores possam evoluir para um propósito, podem mais tarde ser convertidas para outro", afirmam os autores.

Para entender melhor o que motivou o lagarto-dragão a abrir suas bochechas no estilo Demogorgon, os pesquisadores capturaram alguns em Tukai, na China, e observaram suas interações em arenas. Ao todo, foram registrados 14 encontros entre dois lagartos machos e 17 pares de fêmeas, para ver como a espécie se comportava.

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Os pesquisadores repararam que os lagartos não usam o artifício contra potenciais concorrentes de acasalamento, e para sua surpresa, nos encontros entre machos e fêmeas também não houve nenhuma utilização dessa "mandíbula especial".

No entanto, quando a equipe mostrou imagens de predadores, as coisas começaram a mudar. Primeiro, eles viram a imagem de um falcão voando, o que fez com que os animais fugissem, embora 3% tenham aberto as bochechas. Essa porcentagem saltou para 12% quando os lagartos se depararam com predadores reais, em vez de fotografias.

A conclusão da pesquisa é que o "lagarto Demogorgon" usa sua habilidade quando vê a própria vida sob ameaça, em uma tentativa de se desvencilhar do possível perigo.

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Fonte: Biological Journal of the Linnean Society, IFL Science