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Crianças e adolescentes: eficácia de 2 doses da vacina cai com a Ômicron

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Prostock-studio/Envato Elements
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Nos Estados Unidos, autoridades de saúde identificaram que a eficácia de duas doses da vacina da Pfizer diminuí com o tempo e não é tão potente contra a variante Ômicron (B.1.1.529 ou BA.1) do coronavírus SARS-CoV-2. De forma geral, a dosagem ainda é suficiente para proteger de casos mais graves da covid-19 em crianças e adolescentes. As descobertas justificam a importância do reforço no grupo.

Além disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) explica que as crianças e adolescentes vacinados ainda são menos propensos a serem infectados do que aqueles que optaram por não serem imunizados. É o que detalha o relatório semanal de Morbidade e Mortalidade (MMWR) da agência, divulgado na terça-feira (1).

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"Este relatório fornece evidências reais de proteção da vacina da Pfizer-BioNTech contra ED [atendimentos de emergência] e UC [atendimento de urgência] associados à covid-19 e hospitalizações entre crianças e adolescentes de 5 a 17 anos e apoia o papel da terceira dose (de reforço) na manutenção de níveis elevados de VE [eficácia da vacina] no cenário de predominância da Ômicron", afirma o relatório.

Efeito da dose de reforço contra a Ômicron

Vale explicar que a Ômicron é a variante que predomina no cenário da covid-19 nos EUA desde o final do ano passado, quando uma nova onda da pandemia atingiu um país. Por causa da cepa e da redução natural da imunidade com o tempo, inúmeros países ampliaram a recomendação de uso da terceira dose, mas a dose extra ainda não é prevista para todos. Por exemplo, o reforço está disponível apenas para aqueles que têm mais de 12 anos, mas isso pode mudar.

No novo levantamento, foram considerados 1.699 casos de hospitalizações pediátricas. Segundo os pesquisadores do CDC, "a eficácia da vacina (VE) foi menor durante a predominância de Ômicron e diminuiu com o tempo desde a vacinação". Por outro lado, "uma dose de reforço restaurou a VE para 81% entre adolescentes de 16 a 17 anos", afirmam. Esse aumento foi observado em outros grupos, como os que têm mais de 12 anos.

Eficácia da vacina em crianças e adolescentes

Para calcular a eficácia da vacina, os pesquisadores somaram dados coletados desde o início da vacinação até o final do mês de janeiro deste ano. Isso significa que engloba o período em que a variante Delta (B.1.671.2) era predominante e o atual, marcado pela Ômicron.

Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, duas doses da vacina da Pfizer descadearam uma eficácia de 76% a 83% contra casos moderados e graves em até 149 dias. Após 150 dias, a proteção caiu para 38% a 46%. Só que a terceira dose foi capaz de restaurar o valor para 86% para todo o grupo.

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Entre as crianças de 5 a 11 anos durante todo o período do estudo, a eficácia de duas doses da vacina para casos que demandam pelo menos atendimento no pronto-socorro foi, em média, de 46% em até 67 dias. Até o momento, doses de reforço não podem ser aplicadas no grupo, o que impede verificar o impacto delas na imunidade geral.

"No entanto, a maioria dos encontros entre crianças de 5 a 11 anos ocorreu durante a predominância da Ômicron, quando a VE diminuiu significativamente para adolescentes de 12 a 17 anos", lembram os autores da análise. Por isso, não é adequado comparar de forma direta o efeito protetor entre as faixas etárias diferentes.

No atual cenário, o CDC recomenda que "todas as crianças e adolescentes elegíveis devem manter-se em dia com as vacinas recomendadas contra a covid-19, incluindo uma dose de reforço para aqueles com idade entre 12 e 17 anos". No futuro, a terceira dose ainda pode ser ampliada para outras faixas etárias.

Fonte: CDC  

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