Crescente ameaça de sarampo pode atingir 40 milhões de crianças, alerta OMS
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 24 de Novembro de 2022 às 16h45
Em novo relatório, a Organização Mundial da Saúde (OMS) levantou um alerta para o sarampo, já que 40 milhões de crianças perderam uma dose da vacina contra a doença no ano de 2021. Segundo a instituição, a cobertura vacinal diminuiu constantemente desde o início da pandemia.
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Em 2021, houve cerca de 9 milhões de casos e 128 mil mortes por sarampo em todo o mundo. A OMS aponta que declínios na cobertura vacinal, vigilância enfraquecida do sarampo e interrupções e atrasos contínuos nas atividades de imunização devido à covid-19, bem como grandes surtos persistentes em 2022, significam que o sarampo é uma ameaça iminente em todas as regiões do mundo.
“O paradoxo da pandemia é que, enquanto as vacinas contra a covid-19 foram desenvolvidas em tempo recorde e implantadas na maior campanha de vacinação da história, os programas de imunização de rotina foram seriamente interrompidos e milhões de crianças perderam as vacinas que salvam vidas contra doenças mortais, como o sarampo”, alerta o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
De acordo com o biólogo, colocar os programas de imunização de volta nos trilhos é absolutamente crítico, levando em consideração que por trás de cada estatística está uma criança em risco de uma doença evitável.
É necessária uma cobertura de 95% ou mais de 2 doses de vacina contra o sarampo para criar imunidade coletiva a fim de proteger as comunidades e alcançar e manter a eliminação do sarampo, mas o mundo está bem abaixo disso, com apenas 81% das crianças recebendo sua primeira dose de vacina contra o sarampo e apenas 71% das crianças recebendo a segunda dose.
Em 2021, quase 61 milhões de doses de vacina contra o sarampo foram adiadas ou perdidas devido a atrasos relacionados à covid-19 em campanhas de imunização em 18 países. Atrasos aumentam o risco de surtos de sarampo, então a OMS recomenda que as autoridades de saúde pública acelerem os esforços de vacinação e fortaleçam a vigilância.
Fonte: Organização Mundial da Saúde