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COVID: GSK e CureVac querem criar vacina que funcione contra todas as variantes

Por| 03 de Fevereiro de 2021 às 14h45

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

Desde o começo da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), cientistas apontam mutações do vírus da COVID-19 e, mais recentemente, novas variantes foram descobertas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil. Hoje, o consenso é de que as vacinas são eficazes, em algum grau, contra essas novas cepas, mas eventuais mutações podem se tornar mais resistentes. Sendo assim, seria possível desenvolver um único imunizante contra todas ou pelo menos a maioria?

Pensando nisso, a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) e a empresa de biotecnologia alemã CureVac se uniram para desenvolver uma vacina contra a COVID-19, a partir do ano que vem, que possa imunizar contra várias variantes do coronavírus em uma única fórmula. Para a empreitada, devem ser investidos, inicialmente, 150 milhões de euros (mais de 960 milhões de reais), segundo informou a agência de notícias Reuters.

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Esse acordo marca uma nova tentativa de desempenhar um papel-chave no combate à pandemia da COVID-19 para a GSK, considerada uma das maiores fabricantes de vacinas do mundo. Isso porque, no ano passado, um acordo com a francesa Sanofi sofreu atrasos no desenvolvimento. Além disso, outra parceria, com a chinesa Clover Biopharmaceuticals, foi encerrada.

Vacina da CureVac

Além da nova iniciativa contra as variantes emergentes do coronavírus, a GSK também financia a produção de até 100 milhões de doses de uma outra vacina COVID-19, em desenvolvimento, pela CureVac. Segundo um porta-voz da CureVac, com este suporte, será possível produzir até 300 milhões de doses este ano, caso os testes de eficácia e segurança sejam concluídos com sucesso.

Os testes em massa da vacina já ocorrem na Europa e na América Latina, desde dezembro do ano passado, sendo que a CureVac estima apresentar análises preliminares sobre sua eficácia entre março ou abril deste ano. Para promover a imunização contra o coronavírus, aposta no RNA mensageiro (mRNA), uma tecnologia até então inédita, a partir de duas doses.

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Essa tecnologia também é adotada pelos imunizantes da Pfizer-BioNTech e pela Moderna. Entre os outros modelos de vacinas que adotam o mRNA, a vantagem da CureVac é suas características de armazenamento, já que pode ser guardada, por pelo menos dois meses, em temperaturas que variam de 2 °C até 8 °C, ou seja, em geladeiras comuns. Por outro lado, as concorrentes precisam de temperaturas mais baixas, a partir de -20 °C.

Fonte: Reuters e NYT