COVID-19 | Vacina dos EUA avança para última fase de testes
Por Nathan Vieira | 16 de Julho de 2020 às 11h15
Com a pandemia, inúmeras instituições ingressaram uma corrida para a produção de uma vacina contra a doença que tem preocupado toda a população. Na última terça-feira (14), a empresa de biotecnologia Moderna, dos Estados Unidos, anunciou avanços em sua vacina contra a COVID-19. Com isso, a empresa está progredindo para a fase 3 do cronograma, marcada para o próximo dia 27, quando 30 mil pessoas participarão do teste.
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O estudo em questão, liderado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), parte do Instituto Nacional de Saúde (NIH), confirma resultados que a empresa já tinha anunciado em maio.
A ideia por trás da vacina da Moderna é usar o material genético do novo coronavírus (RNA) para induzir o organismo a produzir anticorpos para lutar contra o micro-organismo causador da COVID-19. Nas duas primeiras fases de testes da vacina, 45 pessoas de 18 a 55 anos receberam o imunizante. Nisso, os pesquisadores por trás do desenvolvimento dessa candidata à vacina encontraram anticorpos capazes de neutralizar o vírus responsável por essa pandemia.
Basicamente, os participantes dos testes receberam três doses do imunizante: uma mais leve, outra intermediária e uma última mais pesada. Na última fase, será utilizada a dose intermediária (com 100 microgramas do imunizante). O estudo deve durar até outubro de 2022, mas a companhia estima que terá resultados antes dessa data. O laboratório Moderna ainda chegou a declarar que já tem doses suficientes para toda a pesquisa e está em condições de produzir 500 milhões delas por ano.
A corrida pela vacina
Pesquisadores de todo o mundo trabalham no desenvolvimento de uma vacina eficiente contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2). A fórmula da Rússia para imunização concluiu os seus testes clínicos e, caso as próximas etapas sigam conforme o esperado, algumas pessoas deverão receber a vacina pronta já em agosto.
Enquanto isso, o governo de São Paulo abriu, na última terça-feira (14), o cadastramento para voluntários que tiverem interesse em participar dos testes da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech com participação do Instituto Butantan. Vale ressaltar que essa nova etapa da pesquisa para a vacina é voltada apenas para profissionais da saúde que estejam em contato direto com casos da COVID-19.
Por sua vez, a vacina de Oxford contra a COVID-19 pode ter registro liberado apenas em junho de 2021. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), ela vem sendo a mais adiantada e mais avançada do mundo.
Fonte: Moderna