COVID-19 | Rússia anuncia testes de duas vacinas em seres humanos
Por Nathan Vieira | 17 de Junho de 2020 às 18h05
A corrida em busca do desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19 tem mobilizado inúmeros países. Enquanto alguns ainda estão em fase de estudos, outros já almejam testes em humanos. E veja só: a Rússia se encontra neste segundo caso. Acontece que, nesta quarta-feira (17), o Ministério da Saúde da Rússia anunciou o início de ensaios clínicos em 76 voluntários para dois protótipos de vacinas.
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Basicamente, esses protótipos serão testados em dois grupos de 38 voluntários cada. O Ministério da Saúde da Rússia contou, em um comunicado à imprensa, que os ensaios clínicos das vacinas de COVID-19 já começou, e serão conduzidos por um de seus institutos, o Centro Nikolaï Gamaleïa de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia. Um dos protótipos está na forma "líquida", e o outro, na forma "liofilizada".
Após a vacinação, os 76 voluntários serão colocados em confinamento por 28 dias e serão submetidos a exames de saúde, além de testes para avaliar sua imunidade e possíveis efeitos adversos. Os primeiros testes estão programados para começar ainda neste mês.
Situação do coronavírus na Rússia
O país em questão contou com 553.301 casos de contaminação pelo coronavírus e 7.478 mortos. Em todo o mundo, desde o início da pandemia ligada ao novo coronavírus, vários países ou laboratórios anunciaram que estão trabalhando em uma futura vacina. Nesta quarta-feira (18), por exemplo, o laboratório alemão CureVac também realizará os primeiros ensaios clínicos de uma vacina.
Universidades de todo o globo investem esforços para o desenvolvimento de uma vacina contra a COVID-19. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, já foi destaque desta semana, em sua terceira fase de testes clínicos. Com isso, pelo menos 10 mil pessoas serão vacinadas em todo o país. O Brasil foi um dos escolhidos para testar a eficácia da vacina desenvolvida pela Universidade. No país, duas mil pessoas participarão dos testes, realizados com o apoio do Ministério da Saúde.
Fonte: Le Parisien