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Covid-19 pode aumentar risco de doenças degenerativas do cérebro, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Junho de 2022 às 16h08

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David Matos/Unsplash
David Matos/Unsplash

Uma análise feita em quase um milhão de pacientes na Dinamarca descobriu que pacientes que tiveram covid-19 tiveram chances maiores de desenvolver doenças degenerativas do cérebro, como Alzheimer, Parkinson e acidente vascular cerebral (AVC). O estudo foi realizado em Copenhagem, no Rigshospitalet, com base em reportes de pacientes colhidos desde fevereiro de 2020 até novembro de 2021.

Neurologia e doenças respiratórias

Verificações estatísticas foram aplicadas tanto em pacientes com entrada registrada no hospital quanto nos que receberam alta, chegando a 919.731 pacientes que realizaram o teste para a detecção de covid-19. Os 43.375 que testaram positivo apresentaram um risco 3,5 vezes maior de serem diagnosticados com Alzheimer, além de 2,6 vezes maior para Parkinson, 2,7 vezes maior para AVC e 4,8 vezes maior para hemorragia cerebral.

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O aumento do risco de doenças neurológicas é comparável ao dos pacientes infectados pela influenza e outras doenças respiratórias, mas, no caso dos pacientes de covid, aqueles com mais de 80 anos tiveram um aumento 1,7 maior nas chances de ter um AVC do que os que tiveram influenza ou pneumonia.

Os cientistas acreditam que esse efeito possa ser causado pela inflamação cerebral causada pelo vírus, mas trabalhos mais profundos acerca dos efeitos da covid longa precisam ser feitos para saber mais sobre isso. Outras doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla, miastenia grave e síndrome de Guillain-Barré não tiveram seus riscos aumentados.

Além disso, fora AVCs isquêmicos, a maior parte dos distúrbios neurológicos não parece ser mais frequente após a infecção por covid do que após influenza ou pneumonia bacteriana adquirida de forma comunitária. Segundo os cientistas, estudos em escalas maiores serão necessários para confirmar ou refutar os achados realizadas no hospital dinamarquês.

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O estudo foi apresentado no 8º Congresso da Academia Europeia de Neurologia (EAN), em Viena.

Fonte: Science Focus