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COVID-19 | OMS faz alerta para segunda onda de contágios: "está chegando"

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outsideclick/Pixabay
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Já não é exatamente um segredo a possibilidade de uma segunda onda de contágios da COVID-19, uma vez que, embora determinados lugares estejam se livrando da quarentena aos pouquinhos, os casos seguem aumentando em geral. Durante uma coletiva realizada nesta segunda-feira (19), a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta para essa segunda onda, principalmente no que diz respeito à Europa e aos Estados Unidos.

Na ocasião, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, declarou: "Na sexta-feira, falamos da fase preocupante em que a pandemia da COVID-19 entrou. À medida que o Hemisfério Norte entra no inverno, vemos os casos se acelerarem, principalmente na Europa e na América do Norte".

Enquanto isso, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, também lembrou da Ásia, onde alguns países têm registrado aumento nas infecções e afirmou que o mundo está entrando em uma segunda onda da pandemia. "A segunda onda está chegando. Quando vemos a Ásia, vemos que países que foram pouco afetados na primeira onda estão sendo mais afetados agora", alertou. "Temos que estar preparados para abrir mão do que gostamos neste momento", completou Ryan.

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Já a líder técnica, Maria van Kerkhove, afirmou que os países e os sistemas de saúde já sabem o que fazer e como achatar a curva de transmissão nas comunidades. "Este vírus opera em clusters e precisa das pessoas para se propagar", relembrou. Ela ainda fez um pedido para que os países evitem eventos coletivos e reuniões presenciais, principalmente em lugares fechados. "Temos que rastrear e localizar todos os casos. Os indivíduos infectados devem ser quarentenados fora de casa e por 14 dias. Isso significa não sair de casa, não ir trabalhar, não receber visitas", ressaltou a líder.

Além disso, durante a coletiva, a OMS informou que 184 países aderiram à aliança internacional Covax, uma iniciativa liderada pela entidade que irá garantir a compra equitativa da futura vacina contra a doença que tem preocupado nesse ano de 2020. Em setembro, essa aliança global a distribuição e acesso igualitário de vacinas passou a ter o Brasil como integrante, a partir da Medida Provisória 1003/20. A iniciativa reúne diferentes governos pelo mundo e fabricantes de imunizantes.

A adesão brasileira ao Covax Facility não significa que o país precisará, obrigatoriamente, adquirir as vacinas contra a COVID-19 aprovadas pelo programa. Essa decisão dependerá de análise técnica e financeira para cada caso. Isso porque o Brasil já possui acordos próprios com o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e outro com a farmacêutica Sinovac, na China. Caso a compra de uma das vacinas contra a COVID-19 for interessante para o Brasil, será feita com dispensa de licitação. Além disso, a medida provisória também autoriza o governo a colocar recursos próprios na iniciativa global.

Fonte: OMS