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COVID-19 | Número de casos no Brasil estabiliza, mas não cai, diz OMS

Por| 20 de Julho de 2020 às 15h45

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Fusion Medical Animation/Unsplash
Fusion Medical Animation/Unsplash

Na última sexta-feira (17), em meio a uma coletiva de imprensa, o diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, apontou os primeiros sinais de que os números de proliferação de casos de COVID-19 no Brasil tenham se estabilizado. Para ele, o país tem, pela primeira vez, a "oportunidade" de iniciar um caminho em direção ao controle da doença. No entanto, aproveitou para fazer também um alerta de que mesmo assim, o Brasil até agora não conseguiu reduzir a taxa de novos casos de transmissão.

Na coletiva de imprensa, Ryan explicou que os números diários estão estabilizados em cerca de 40 a 45 mil casos. "Não estamos vendo o aumento que tivemos no mês de abril e maio, quando vimos uma taxa elevada de crescimento. Os números se estabilizaram. Mas o que não fizeram é começar a cair de uma forma sistemática e diária. O Brasil está ainda no meio da luta", apontou.

Ryan indicou que, na sexta, 11% dos casos envolveu trabalhadores do setor de saúde, o que, por si só, é uma tragédia. "Os trabalhadores do setor de saúde estão pagando o preço mais alto". Além disso, a OMS também indicou que o número de reprodução do vírus estaria entre 0,5 e 1,5 no país, enquanto os meses de abril e maio apresentaram uma variação de 1,5 a 2. 

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"Hoje, o vírus não esta dobrando com a velocidade que ocorria antes. O aumento não é mais exponencial. Ele tem atingido um platô. Mas os casos e mortes não pararam e não há garantiria de que vá cair por si só. Vimos isso em outros países. Há uma oportunidade para o Brasil empurrar a doença para baixo, para assumir o controle. Para suprimir o vírus", tornou a afirmar o diretor.

De acordo com o ponto de vista da OMS, o Brasil é um dos exemplos no mundo onde até agora o "vírus continua estabelecendo as regras e está controlando a situação, sendo necessário estabelecer as regras do vírus, com  uma oportunidade para fazer isso quando os números os estabilizam", defendeu. "Essa oportunidade existe agora para o Brasil", disse.

Em maio, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo) trouxe à tona um estudo que aponta o Brasil como o novo epicentro global do coronavírus, enquanto a OMS chegou a  apontar a América do Sul como o novo epicentro da pandemia de COVID-19, e ainda acrescentou que o mais afetado é o Brasil.

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Fonte: G1