COVID-19 | Cientistas ranqueiam eficácia de cada tipo de máscara
Por Natalie Rosa | 16 de Agosto de 2020 às 09h00
O uso de máscaras, tanto em locais abertos quanto fechados, se tornou crucial para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus. Com a rápida e extrema necessidade do acessório, logo a indústria e artesãos começaram a criar as suas peças, concorrendo as cirúrgicas, ganhando a cada vez mais adeptos.
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Um grupo de pesquisadores da Universidade Duke, no estado norte-americano da Carolina do Norte, fez testes em variados tipos de máscaras para conferir quais são as mais eficazes, ranqueando da melhor para a pior.
O estudo descobriu que usar bandanas no lugar de máscara, por exemplo, acaba sendo bem pior do que não usar nada, e o mesmo vale para as polainas de pescoço, que também cobrem parte do rosto. As máscaras com aberturas e válvulas também não funcionam muito bem, pois deixam o ar passar. Entre as mais eficazes estão as máscaras de algodão, junto às cirúrgicas.
Metodologia
O teste das máscaras foi feito com a ajuda de laser, uma caixa, lentes e um smartphone com câmera. Então, pessoas falaram a mesma frase dentro da caixa sem usar máscara e depois usando uma variedade delas. Com a câmera do celular foi feita a medição do quanto da luz do laser foi obscurecida com a presença das partículas que foram espalhadas dentro da caixa.
O co-autor do estudo, Eric Westman, físico da universidade, diz que se todo mundo usasse máscara seria possível barrar 99% das gotículas antes que elas atingissem outra pessoa. "Na falta de uma vacina ou de um medicamento antiviral, é uma forma comprovada de proteger os outros, assim como você mesmo", diz o pesquisador.
Veja como ficou a classificação, da melhor para a pior, das máscaras mais eficazes:
1º- N95 (Máscara N95 sem válvula de respiração).
2º- Cirúrgica (Máscara cirúrgica de três camadas);
3 - PolyCotton (Máscara de algodão e polipropileno);
4º- Polipropileno (Máscara de polipropileno de duas camadas);
5º- Faixa (Faixa de polipropileno, material de máscara);
6º- Algodão 5 (Máscara plissada de duas camadas);
7º- Algodão 2 (Máscara plissada de duas camadas);
8º- N95 com válvula (Máscara N95 com válvula para respiração);
9º- Algodão 4 (Máscara estilo Olson de duas camadas);
10º- MaxAT (Máscara de uma camada Maxima AT);
11º- Algodão 1 (Máscara plissada de uma camada);
12º- Algodão 3 (Máscara plissada de duas camadas);
13º- Tricô;
14º- Bandana (Duas camadas);
15º- Nenhuma;
16°- Lã (Estilo polaina de pescoço).
A foto abaixo, oficial da universidade, mostra quais foram as máscaras usada nos testes, fora da ordem de eficácia:
Mesmo com os resultados satisfatórios do teste com as máscaras, os cientistas afirmam que é preciso de uma investigação muito mais profunda para que o estudo seja usado como referência definitiva.
Fonte: Washington Post