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CoronaVac: terceira dose ou reforço? Saiba a diferença e a opinião do Butantan

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Abril de 2021 às 15h20

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Reprodução/ Governo de São Paulo
Reprodução/ Governo de São Paulo

Na terça-feira (13), circulou nas redes sociais a ideia de que a imunização completa contra o coronavírus (SARS-CoV-2) só seria possível com três doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan. Sem as supostas três doses, as pessoas não estariam protegidas contra a COVID-19 — no entanto, apenas duas doses são suficientes, de acordo com os estudos realizados.

A interpretação de que seria necessária uma terceira dose da CoronaVac para a proteção eficaz contra a COVID-19 surgiu após a divulgação do preprint —  estudo sem revisão por pares —, durante a coletiva de imprensa na segunda-feira (12). No encontro com jornalistas, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, levantou a hipótese de uma dose de reforço para ampliar a ação da vacina contra o vírus.

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"Existem grandes preocupações sobre como melhorar a duração da resposta imune, e uma das alternativas que tem sido considerada é uma dose de reforço, seja com a própria CoronaVac, seja com outros imunizantes", afirmou o diretor de pesquisa clínica do Butantan. No entanto, não se trataria necessariamente de uma terceira dose e, sim, um reforço feito, possivelmente, daqui a um ano.

Nas redes sociais, o Butantan também se posicionou contrário a essa interpretação. "O Butantan esclarece que não será necessária uma terceira dose da vacina contra a COVID-19. Afirmar isso é disseminar fake news. A CoronaVac é segura e eficaz após o ciclo de duas doses e mais 15 dias, conforme apontam vários estudos", defendeu o instituto, de forma taxativa.

Qual é a diferença entre reforço e terceira dose de uma vacina?

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Por outro lado, o Butantan confirmou que existe, sim, a possibilidade de um reforço. No entanto, este não seria considerado uma terceira dose, já que a composição do imunizante contra a COVID-19 não deve ser a mesma, mas uma atualização feita a partir das novas variantes em circulação do coronavírus. "O que o Butantan estuda é atualização da vacina, com a possibilidade de, no próximo ano, aplicar uma outra dose, em razão das novas cepas e da evolução da doença, como ocorre com a vacina da Influenza", esclareceu.

Conforme citado, o melhor exemplo seria o da vacina contra a gripe. Anualmente, é necessário atualizar a formulação da vacina contra o vírus influenza, já que o agente infeccioso sofre mutações e gera linhagens contra as quais as pessoas não têm anticorpos. Até o momento, o mesmo ocorre com o vírus da COVID-19, como as variantes P.1 (do Amazonas) e P.2 (do Rio de Janeiro). 

Vale lembrar que, neste momento, o Sistema Único de Saúde (SUS) já iniciou a campanha nacional de imunização contra a gripe e busca imunizar os grupos prioritários, como pessoas idosos e crianças com menos de 6 anos, por exemplo.