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Conheça a síndrome relacionada à COVID-19 que pode afetar crianças

Por| 06 de Julho de 2020 às 14h10

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Daily Examiner
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As consequências de uma infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda são investigadas por pesquisadores em todo o mundo. Entre os possíveis quadros desencadeados pela COVID-19 está o aparecimento de um síndrome rara em crianças, chamada de PMIS.

Até o momento, alguns relatórios têm apontado que o coronavírus pode desencadear o aparecimento de doenças auto-imunes e auto-inflamatórias, como essa. Conhecida oficialmente por síndrome inflamatória pediátrica multissistêmica, a PMIS ativa uma resposta imune que afeta vasos sanguíneos e artérias.

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Por outro lado, a maioria das crianças contaminadas pelo novo coronavírus é assintomática ou apresenta apenas sintomas leves da infecção. Em números, crianças e adolescentes menores de 18 anos são apenas 1,7% dos casos reportados nos Estados Unidos, 1% na Holanda e 2% no Reino Unido.

O que é PMIS?

Se a COVID-19 é uma doença respiratória, a PMIS afeta o sistema circulatório e, principalmente, os vasos sanguíneos, sem ser contagiosa. Entre os seus principais sintomas, estão: febre prolongada; dor abdominal e diarreia; olhos vermelhos; erupções cutâneas; dificuldade para se alimentar; dor no peito ou coração acelerado. De forma generalizada, os pacientes são acometidos por disfunção de um ou vários órgãos.

Quando testadas para o novo coronavírus, grande parte das crianças identificadas com a síndrome apresentaram testes de anticorpos positivos para a COVID-19, o que mostra que em algum momento (recente) elas foram infectadas pelo vírus. Entre os casos avaliados pelo serviço de saúde inglês, apenas uma minoria apresentou exames de PCR positivo para o coronavírus. Diferente do teste sorológico, esse exame aponta se há presença do coronavírus nas vias respiratórias do paciente, no exato momento da coleta da amostra.

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Mais casos no mundo

Relatos de casos da síndrome são feitos em diferentes localidades do mundo, sempre associados às crianças em áreas com elevadas taxas de contágio da COVID-19, como no Reino Unido. Em um relatório de maio, a Agência Nacional de Saúde Pública da França documentou 125 casos de PIMS atípicos, desse total, 65 das crianças afetadas testaram positivo para o novo coronavírus até o momento.

Nos Estados Unidos, pelo menos 17 estados já relataram o diagnóstico de crianças com sintomas de PMIS. Mais especificamente, na cidade de Nova York, 55 dos 100 casos identificados foram em crianças com resultado positivo para COVID-19 ou anticorpos virais relacionados a essa doença.

Em casos graves da síndrome, as crianças que desenvolveram o quadro podem precisar de cuidados em unidades de terapia intensiva (UTIs), além de serem medicadas para dar suporte à pressão sanguínea. Em alguns casos, é necessário ventilação mecânica. Por isso, o atendimento médico deve ser urgente.

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No entanto, o diagnóstico da síndrome nem sempre é simples, fora dos casos extremos. "É difícil dizer se uma criança tem PMIS devido à febre e erupção cutânea, porque muitas outras infecções podem causar febre e erupção cutânea", explica a Dra. Lauren Henderson, reumatologista da Boston Children's, nos Estados Unidos.

Enquanto mais estudos são efeitos para analisar as relações da PMIS com a COVID-19, é importante entender que é uma síndrome tratável e a maioria dos pacientes pediátricos que tiveram COVID-19 não desenvolveram PMIS, observa Dra. Roberta DeBiasi, chefe de doenças infecciosas do Children's National Hospital.

Fonte: Healthline, Nature e SPSP